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A vacina contra o HPV está no mercado há alguns anos e, sempre que recomendo esta vacina para as meninas, pais e mães questionam se isto não é um incentivo ao início de atividade sexual precoce. Na revista Pediatrics de novembro de 2012, saiu um interessante artigo que mostra que não há razão para esse temor.
Em 2006, o Centro dos EUA para Controle de Doenças (CDC), por meio de seu Comitê Consultivo em Práticas de Imunização, recomendou que todas as meninas entre 11 e 12 anos recebessem a vacina contra o papilomavírus humano (HPV). A Academia Americana de Pediatria, assim como a Brasileira e a Paulista, recomendam a vacina contra o HPV para meninos e meninas a partir de 9 anos.
As cepas de HPV são os vírus mais comuns entre os que são sexualmente transmissíveis e podem provocar câncer na boca, garganta, colo do útero e órgãos genitais.
No estudo A atividade sexual relacionada com os resultados após a vacinação Papilomavírus Humano, a vacinação contra o HPV para as meninas nas idades recomendadas não foi associada com marcadores de aumento de atividade sexual, medidos da seguinte forma:
1. Gravidez;
2. Infecções de doenças sexualmente transmissíveis;
3. Aconselhamento contraceptivo por até três anos após a vacinação.
Embora o início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros sejam fatores de risco para a infecção pelo HPV, os autores do estudo afirmam que essas descobertas são as primeiras a validarem pesquisas onde os jovens dizem que não pretendem modificar os comportamentos sexuais após vacinação contra o HPV.
Portanto, cabe aos pais, familiares e educadores darem as informações e os valores aos seus filhos, além, é claro, de vacinar contra todas as doenças transmissíveis, sexualmente ou não, pois é a forma de prevenção mais segura para uma vida saudável.
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Fonte: Sexual Activity-Related Outcomes after Human Papillomavirus Vaccination of 11- to 12-Year-Olds – November 2012
Atualizado em 15 de abril de 2024