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O dia 21 de setembro marca o início da primavera e o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A data foi instituída em 2005 com o objetivo de conscientizar sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. O preconceito e a inacessibilidade pública são responsáveis por dificultar a vida dessas pessoas e, como pontos centrais, precisam ser debatidos nesta data.
As comemorações ocorrem desde 1982 e foram uma iniciativa do Movimento pelos Direitos das Pessoas Deficientes (MDPD), grupo que debate propostas de transformações sociais em prol das pessoas com deficiência há mais de 40 anos.
Pessoa com deficiência é a que possui limitação ou incapacidade para o desempenho de atividades e requer atenção integral que compreenda ações de promoção, prevenção, assistência, reabilitação e manutenção da saúde. As deficiências se enquadram nas seguintes categorias:
Entre os dias 19 e 23 de setembro, a Fundação José Luiz Egydio Setúbal fez várias atividades internas nas dependências do Sabará Hospital Infantil, Instituto Pensi e da própria FJLES, visando a conscientização para o problema, o combate ao preconceito, além de uma palestra motivacional.
Entre as atividades que eu participei e que foi muito boa para conhecer mais sobre o assunto e como a instituição lida com esse grupo, foi uma “Conversa com o Presidente”. Essas conversas ocorrem, normalmente, a cada 15 dias desde 2006, somente foi interrompida pela pandemia. A participação do cuidador é voluntária e, em cada sessão, participam oito pessoas. O intuito é que esses cuidadores possam ter contato e conversem com o presidente da instituição, trazendo queixas, elogios, problemas ou o que mais quiserem. Ao mesmo tempo, é uma oportunidade de o presidente conhecer seus funcionários. Nesses mais de dez anos, houve muitas sugestões acolhidas, muitas queixas ouvidas e muitos elogios agradecidos e transmitidos a quem é de direito.
Nesse ano, o departamento de Desenvolvimento Humano sugeriu que fizéssemos uma conversa entre o presidente e os funcionários com deficiência. No dia 20 de setembro, nos reunimos no auditório da Instituição: 22 pessoas com deficiência, um tradutor de libras, eu e a Lucyanne Masson, do DH. Foram quase duas horas de reunião com muitas trocas de experiências, energias e histórias. Houve muita emoção, sugestões de como a Instituição poderia melhorar a vida deles, agradecimentos e algumas queixas e relatos de preconceitos, como era esperado.
Para mim, ficou a felicidade de ter participado dessa experiência, com a certeza de liderar uma equipe inclusiva, que sabe acolher as pessoas com deficiência, e a esperança que consigamos atender aos pedidos para melhorar a vida desses cuidadores em um breve espaço de tempo. Precisamos trabalhar o preconceito dentro da instituição, sabendo que esse é um problema estrutural da nossa sociedade, mas devemos começar na nossa casa.
A inclusão da criança com deficiência é uma das bandeiras de nossa Fundação e devemos ampliá-la aos nossos cuidadores, pois se acreditamos na construção de uma sociedade melhor, devemos iniciar com as ações afirmativas no nosso próprio quintal, devemos ser o exemplo de nossas falas!
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