Com as enchentes no Rio Grande do Sul, muitas pessoas se sentiram na obrigação de ajudar. Muitas escolas fizeram atividades com seus alunos e, assim, despertaram um sentimento de solidariedade que acredito seja inato do ser humano.

Jovens confiantes, que reconhecem as suas competências, que se sentem ligados às pessoas e que têm um caráter fortemente enraizado, estão preparados para contribuir com o mundo.

Crianças e adolescentes que tomam medidas ativas recebem feedbacks contínuos e ganham experiências que os preparam para prosperar no futuro, e os pais e as comunidades que garantem essas oportunidades constroem a próxima geração de líderes.

A cultura contemporânea está tão focada em coisas materiais, como equipamentos eletrônicos, sapatos e roupas caras, cosméticos e carros, que as crianças são naturalmente arrebatadas por esta maré, pois veem tudo ao seu redor. Para contrariar esta influência ou colocá-la em perspectiva, os pais podem apoiar oportunidades para os filhos darem em vez de receberem.

As crianças aprenderão que o universo não gira em torno delas nem lhes deve tudo o que desejam. Quando arrecadam dinheiro para ajuda humanitária às enchentes, como as da região sul do país, coletam materiais recicláveis ​​ou dão aulas particulares a crianças mais novas, elas ganham uma perspectiva mais realista do mundo e de seu lugar nele. Elas começam a ver além de seus círculos isolados e auto orientados e se reconhecem como parte de comunidades maiores nas quais podem fazer a diferença.

As crianças podem contribuir para a sociedade de diversas maneiras:

• Coletando moedas para alimentar os mais vulneráveis;
• Plantando árvores em mutirões na sua cidade (vejam o ex. do sesc);
• Limpando o meio ambiente (coletando lixo em praias, por exemplo);
• Realizando trabalho voluntário com crianças com deficiência;
• Promovendo atos espontâneos de generosidade e cortesia, como segurar portas pesadas abertas para um pai empurrando um carrinho de bebê ou alguém carregando malas pesadas.

A contribuição promove diretamente a resiliência porque ajuda as crianças a adquirirem um sentido de propósito, algo positivo pelo qual lutar e alcançar.

A Fundação José Luiz Egydio Setúbal realiza todos os anos uma Viagem Fantástica, que é uma ação de voluntariado empresarial. Dela, participam nossos diversos colaboradores, voluntários, amigos e familiares, e vejo com muita satisfação a presença de jovens e crianças nesses eventos. Estamos formando cidadãos.

Muitas escolas e universidades já promovem programas de voluntariado para seus alunos, que, de alguma forma, devem entrar nos currículos e pesar em alguma avaliação futura. Isso tudo é importante na construção de uma sociedade mais solidária e mais cidadã.

Fonte: 

Construindo Resiliência em Crianças e Adolescentes, 2ª Edição (Copyright (Copyright © 2011 American Academy of Pediatrics)

Saiba mais:

https://institutopensi.org.br/como-voce-cuida-da-crianca-ao-seu-lado/

https://institutopensi.org.br/liberdade-e-sonhos-impulsionando-o-cerebro-na-primeira-infancia/

https://institutopensi.org.br/mais-uma-viagem-realmente-fantastica-na-ajuda-das-pessoas/

https://institutopensi.org.br/mais-uma-boa-praca/

https://sbtnews.sbt.com.br/noticia/brasil/brinquedos-e-cartinhas-criancas-se-solidarizam-com-vitimas-do-rio-grande-do-sul

https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/unicef-pede-prioridade-as-criancas-na-emergencia-das-chuvas-no-rio-grande-do-sul

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2021/09/20/voluntarios-retiram-pelo-menos-25-toneladas-de-lixo-de-praias-e-rios-em-um-unico-dia.ghtml

https://www.sescsp.org.br/programacao/mutirao-verde-reproducao-de-mudas-por-sementes/