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Crianças com comportamentos difíceis
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Crianças com comportamentos difíceis

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28/06/2017
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Chegamos ao término de mais um semestre letivo. E, no universo escolar, os comportamentos nem sempre são aprendidos como as propriedades cognitivas, pois muitas crianças dominam o conhecimento, porém, não aprendem a conviver e trocar com o outro.

Fala-se muito do comportamento antissocial das crianças e das dificuldades encontradas em lidar com determinadas condutas. Quais seriam suas causas ou razões? O comportamento antissocial é produto multifatorial, gera danos no crescimento lúdico, em suas experiências com o outro e consigo. Muitas vezes, os distúrbios comportamentais surgem pela falta de regra, de atitudes e acordos de rotina, como outras crianças têm. Nesses casos, a criança passa a desfrutar pouco do trato social e não consegue perceber o outro.

Para talvez minimizar o estres dessas crianças tanto em classe como na família algumas propostas podem ajustar as relações, até porque testar as regras que foram implantadas acreditando que os pais possam voltar atrás ou que modifiquem o que foi acordado é um desejo constante dos pequenos que pouca convivência tem com normas e acordos.

Uma forma de remodelar as regras pode ajudar bastante, sem necessariamente o adulto ter que repetir, o que pode muitas vezes ativar ainda mais o desgaste na convivência. Para tanto, primeiramente o adulto deve modificar sua maneira de conduzir a criança.

Segundo o médico e neurologista Saul Cypel, autor do livro Déficit de Atenção e Hiperatividade e as Funções Executivas, ao trabalhar com crianças em situações ou condições adversas, é preciso que haja estudo, experiência e planejamento no trabalho a ser desenvolvido, portanto, algumas orientações práticas podem ser valiosas nesses casos.

– Na escola, para abrandar alguns comportamentos, é adequado que a criança fique próxima da professora para que receba mais estímulos.

– Diante da inquietação corporal e oral, procurar acolher com carinho e reforçar suas qualidades a ela particularmente e diante do grupo.

– Se o aluno estiver em um dia pouco tranquilo, talvez inquieto, peça que saia, vá ao banheiro ou leve algum material ou recado à outra sala.

– Aos pais: mudem o foco de visão. O adulto é quem deverá destacar os adjetivos do filho para que ele se perceba valorizado em suas habilidades.

– O casal deve falar a mesma linguagem em todos os sentidos, sem conflitos nas decisões um do outro.

– Diante da birra, tentativa da criança em ser onipotente, é fundamental que os pais sejam firmes, mostrando com clareza o que pode ou não ser feito.

– Criar um diário no qual a criança possa registrar as atividades bem-sucedidas, como as artísticas, esportivas, comportamentais para que seja lido e discutido pelos adultos.

– Manter o cumprimento do que foi combinado para que a autoridade do adulto seja sustentada e favoreça a capacidade de persistência na criança.

– A terapia é importante, tanto para o indivíduo, como para a família, se estiverem de acordo, claro.

– Observação. Procurar analisar as situações e procurar entender quais são os fatores desencadeadores do desequilíbrio, ou desmotivação. Gaste o tempo que for necessário para as explicações e para que haja o mínimo de diálogo.

Em geral, é preciso que os pais sejam firmes com suas crianças, para que elas possam suavizar suas relações no âmbito social e familiar. Tratar a criança com amabilidade não quer dizer que dessa forma irá deixar que ela faça somente o que quer. Contrariamente a esse princípio determinado pela criança, é mostrar-lhe que viver com algumas regras necessárias lhe trarão equilíbrio e respeito com ela mesma e com os amigos.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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