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Crianças criadas longe dos pais
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Crianças criadas longe dos pais

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03/08/2017
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No Brasil, com toda sua diversidade e desigualdade, muitas crianças são separadas dos pais para serem criadas pelo Estado. Isso é frequente nos países desenvolvidos, como podemos ver na nova declaração de política da Academia Americana de Pediatria (AAP) publicada em abril de 2017 pela revista Pediatrics.  


O crescente número de crianças que vivem com parentes diferentes dos pais, exige que os pediatras saibam responder às necessidades únicas desses pacientes e suas famílias. A declaração de política, “Necessidades de Famílias de Cuidados de Parentesco e Prática Pediátrica” cita evidências crescentes de que, as crianças que não podem viver com seus pais biológicos, melhoram quando vivem com família alargada e não com pais adotivos.

Apesar de melhores resultados globais, no entanto, as famílias que prestam cuidados de parentalidade enfrentam dificuldades significativas. Como a maioria das crianças que vivem com parentes estão em arranjos informais feitos entre os pais biológicos e o provedor de parentesco (avós e tios), por exemplo – que podem não ter autoridade para dar consentimento legal para cuidados primários necessários, imunizações e outros serviços de saúde não emergenciais, nos EUA, como não existe a figura do SUS, as famílias podem ter que ser responsáveis por tratamentos médicos.

Além disso, embora a pesquisa sugira que as crianças em cuidados de parentesco possam ter um menor risco de problemas de saúde comportamental, seu risco ainda é maior do que para as crianças que vivem com pais biológicos.

Com esta declaração, a AAP quer aumentar a conscientização de que alguns apoios extras são necessários para ajudar a garantir o bem-estar da criança e seus familiares cuidadores.

De acordo com a AAP, os pediatras podem facilmente identificar arranjos de tutela durante as consultas de rotina (de informações de contato e consentimento) para que eles possam coordenar melhor os cuidados e conectar as famílias com recursos comunitários disponíveis para as famílias que prestam cuidados de parentesco, incluindo serviços jurídicos comunitários e programas de navegação.

Na declaração de política, a AAP recomenda pediatras adotarem orientações da AAP para a promoção da saúde: Saúde para Crianças e Adolescentes do “Manual de Adoção”, tais como visitas de acompanhamento mais frequente e mais avaliações em profundidade do estado de desenvolvimento da criança, porque a criança em cuidados de parentesco tem muitas das mesmas necessidades de saúde física e mental que outras crianças de acolhimento.

Pediatras também podem fornecer uma maior orientação para os cuidadores familiares em torno de seus próprios desafios para a educação das crianças, como o planejamento prospectivo para a tutela no caso de sua saúde declinar e educação para cuidadores mais velhos sobre os padrões de segurança atuais para sono, viagens de veículos e prevenção de lesões.

Como se vê, grande parte das medidas podem ser tomadas aqui no Brasil desde que o sistema de Saúde da Família e a Assistência Social funcione adequadamente.

 

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Fonte: Pediatrics – March 2017

From the American Academy of Pediatrics Policy Statement

Needs of Kinship Care Families and Pediatric Practice

David Rubin, Sarah H. Springer, Sarah Zlotnik, Christina D. Kang-Yi, COUNCIL ON FOSTER CARE, ADOPTION, AND KINSHIP CARE

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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