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O que os bebês percebem?
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O que os bebês percebem?

O que os bebês percebem?

19/11/2015
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Baby boy posing

Os pais sempre têm certa curiosidade em saber o que os bebês estão apreendendo a respeito do mundo ao seu redor, pessoas, coisas, barulhos, luzes… Como pensam… O que será que eles sentem? Como vêem os objetos, pessoas?

O conhecimento do mundo pelos bebês nasce de suas habilidades perceptivas. Ele consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos. Os bebês então por meio de suas experiências diárias, vão elaborando um mapa intelectual coerente para entender o espaço que habitam. Como?

Desde bem pequenos os bebês coordenam e organizam suas percepções em categorias como macio, duro, achatado, redondo e flexível. Claro que para eles não há rótulos, ou nomes, dado que não falam, mas eles percebem os objetos de acordo com sua forma de organização do mundo. É sentindo, manipulando, experimentando que começam a conhecer as coisas. Dessa forma, vão incluindo os objetos em suas categorias mentais, como “macio”, por exemplo, criando expectativas sobre eles, como “gostoso de pegar”, podendo assim distingui-los entre si.

A partir de seis meses os bebês já conseguem classificar os objetos de acordo com as cores, formas, rigidez, densidade, tamanho relativo, e, surpresa, até no número (nesse caso até três)! Eles não só percebem as diferenças entre círculos e quadrados, maiores e menores, mas criam classificações do que lhes é interessante ou não para ser incluído em uma categoria. Nesse caso, a experiência com objetos e eventos diferentes é essencial para o desenvolvimento da sua capacidade (que é inata) para classificar coisas em categorias.

À medida em que vão crescendo, eles começam a realizar classificações mais complexas. Um bebê de três meses já parece perceber o “em cima” e o “embaixo”, embora esse conceito só se estabeleça firmemente por volta dos seis meses de idade. De modo geral, a partir de um ano de idade as crianças então já começam a classificar e a fazer distinção entre animais (de acordo com o tamanho da cauda ou comprimento das pernas), aves (como um grupo diferente de animais), utensílios de cozinha (como uma categoria diferente de objetos), aparência física de estranhos, distinguindo homens de mulheres, crianças de adultos, cachorros como sendo diferentes de gato, entre outros…

Dessa forma, o mundo tão grande, estranho, com tantos objetos, tantas informações, começa a criar sentido e a criança interagir melhor com ele, fazendo melhor suas escolhas. Assim, os bebês são capacitados a idealizar seu mundo de maneira cada vez mais significativa. Não se esquecendo de que tudo isso parte da estimulação dos pequenos. Portanto, sim, os filhos desde bem pequenos já percebem as diferenças no mundo ao seu redor, eles só não têm repertório e linguagem formada para descrevê-los, mas para em suas cabecinhas classificar aquilo que é legal daquilo que não é.

Fonte: BERGER, Kathleen Stassen. O Desenvolvimento da Pessoa – Da Infância à Terceira Idade. Rio de Janeiro; LTC Editora, 2003

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Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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