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As crianças estão crescendo. Como manter o vínculo?
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As crianças estão crescendo. Como manter o vínculo?

As crianças estão crescendo. Como manter o vínculo?

31/08/2016
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Outro dia, uma amiga, mãe de adolescentes, me perguntou: “Você tem alguma dica do que eu posso fazer para tirar as meninas da frente do celular e da TV?”. Eu ouvi a pergunta e fiquei pensando em algumas coisas.

Primeiro, lembrei da entrevista que o Lino de Macedo deu para o Tempojunto, em que falava sobre o quanto era importante mantermos o hábito de brincar com os filhos, mesmo depois deles serem mais autônomos, lá para os 7 ou 8 anos, porque isto seria uma forma de manter o vínculo com a criança na transição da infância para a adolescência.

Sim, porque a brincadeira é uma forma poderosa que nós, adultos, temos de conhecer os nossos filhos. Mais do que isso, saber do que eles gostam e do que são capazes.

Minha amiga começou a me contar sobre as tentativas que ela faz de trazer as filhas para seus hobbies, em geral sem sucesso. Claro que é válido apresentar os nossos gostos para as crianças e é natural ter a esperança de que eles se interessem pelas mesmas coisas que nós. Mas nossos filhos não são nossos espelhos e o caminho inverso, da gente descobrir do que eles gostam e, a partir daí, desenvolver momentos de conexão na adolescência, é um processo com mais chances de sucesso.

Este raciocínio vale para as escolhas das atividades esportivas, o jeito mais óbvio de manter as crianças longe do sofá, assim como para a busca de outras atividades analógicas que sejam estimulantes.  

O outro pensamento que tive foi que a gente precisa rever a nossa relação com a tecnologia. Porque ela veio para ficar e faz parte da vida. Não tem volta. Então por que não tentar ter uma relação mais positiva com a tecnologia? Nem todo app é passivo e ruim. Pelo contrário. Tem muitos aplicativos e sites que oferecem atividades estimulantes.

Da mesma forma, nem todo canal do Youtube é de bobeira. Minha filha, por exemplo, começou a se interessar em repetir em casa alguns dos tutoriais que ensinam como fazer bijuterias e artesanatos. Eu estou amando a possibilidade de aprender a fazer coisas novas com o resultado das pesquisas dela.

Não sei se vou conseguir evitar a presença dominante das telas na vida das minhas filhas quando elas estiverem na adolescência. Mas certamente vou fazer de tudo para encontrar e manter pontos de conexão com elas. Com ou sem a presença da tecnologia.

Leia também: Quando os pais passam a ser os “piores do mundo”?

Atualizado em 23 de setembro de 2024

Patrícias Camargo e Marinho

Patrícias Camargo e Marinho

Patricia Marinho, publicitária de formação, é a criadora do Tempojunto, um projeto que traz dicas de brincadeiras para serem feitas em qualquer situação. Junto com sua sócia, a jornalista Patricia Camargo, querem mostrar a importância da brincadeira para as crianças e para o vínculo afetivo positivo entre pais e filhos.

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