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Eu já me senti a pior mãe do mundo
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Eu já me senti a pior mãe do mundo

Eu já me senti a pior mãe do mundo

11/02/2016
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Atire a primeira pedra a mãe que nunca se achou a pior mãe do mundo, nem que fosse por alguns segundos. Eu já me senti. É comum a gente falar sobre as maravilhas da maternidade, mas muitas vezes não nos contam como ser mãe (e pai) é um trabalho difícil. Especialmente porque é um trabalho que a gente quer fazer com perfeição.

Hoje eu escrevo este post pensando nas mães que estão por aí se sentindo cansadas com o tanto de coisas que precisam fazer e não se sentem capazes de exercer a maternidade com plenitude. Muitas vezes isto acaba acarretando numa relação com os filhos baseadas em gritos e reclamações. Que frustração, não é mesmo?

Para você, que já se sentiu a pior mãe do mundo, eu gostaria de dizer 3 coisas.

Primeiro, você não é a pior mãe do mundo. Tenho certeza disso. A pior mãe do mundo é aquela que abandona o filho indefeso, sem saber o que vai ser dele.  Se você tem amor pelo seu filho e ele sente isso, você está oferecendo o que mais importa.

O problema é que a gente concebe uma versão idealizada da maternidade e fica se sentindo péssima quando as coisas não saem como o esperado. Mas olha, a vida é assim. Não dá para estar certa e risonha o tempo todo. É normal se sentir cansada, assim como, por mais que você tenha planejado e seguido as dicas que recebeu de amigos, seu filho não vai comer legumes. Faz parte. Uma dose de frustração é importante até para o seu filho, para que ele desenvolva resiliência e se torne um adulto mais preparado para a vida. Nossa meta não deve ser a perfeição e nem a felicidade completa dos filhos – isso é impossível de ser assegurado. Nosso desafio principal como pais é criar pessoas sadias e capazes de desenvolver completamente as suas potencialidades.

A segunda coisa que eu queria dizer é uma frase que ouvi da minha pediatra, a Dra Ana Escobar, e que foi fundamental para mim: “o principal segredo para você ser uma boa mãe é você estar bem com você.”  Não adianta largar o trabalho e passar o dia inteiro grudada com seu filho se trabalhar for importante para você. Uma mãe que trabalha, mas que consegue passar tempo de qualidade com seu filho, mesmo que seja pouco, é melhor que uma mãe disponível que não tem ânimo para nada. Se este for o seu caso, peça ajuda. Não tem problema algum assumir que lidar dos filhos e das responsabilidades da casa é muito e que você precisa de um tempo para você. Esta ajuda pode vir do marido (sim, ele precisa fazer coisas, afinal, o filho também é dele), da família, dos amigos… Não deixe de encontrar formas de parar para recuperar suas energias e assim poder exercer plenamente a maternidade.

O terceiro recado tem a ver com algo que defendo todo dia no Tempojunto: ser mãe pode ser mais fácil se você colocar mais brincadeiras na sua vida. Sério. Levar uma criança para o banho com uma música, é muito melhor que ficar gritando que está na hora do banho (e isso não faz a criança sair de frente da TV). Da mesma forma que, como disse o professor Lino de Macedo, presença regular aqui do blog, quanto mais uma criança é considerada difícil, mais ela precisa de um adulto leve, que abrace, pro perto.

As brincadeiras fazem a rotina ser mais leve. Você não precisa brincar do que não gosta, mas sim encontrar as maneiras de ser um adulto mais brincante no cotidiano, rindo dos problemas ao invés de reclamar deles, indo pular na poça de água da chuva ao invés de lamentar a falta de sol. Acredite, brincar faz a vida ser bem melhor. Fora que a brincadeira com os filhos é fundamental para a construção de vínculos e para colocar você cada vez mais longe da noção de que pode se sentir, mesmo que por alguns segundos, a pior mãe do mundo.

Patrícias Camargo e Marinho

Patrícias Camargo e Marinho

Patricia Marinho, publicitária de formação, é a criadora do Tempojunto, um projeto que traz dicas de brincadeiras para serem feitas em qualquer situação. Junto com sua sócia, a jornalista Patricia Camargo, querem mostrar a importância da brincadeira para as crianças e para o vínculo afetivo positivo entre pais e filhos.

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