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13/12/2017
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O cinema e a literatura trazem aos leitores e espectadores histórias extraordinárias e que nos fazem refletir sobre nossa sociedade, sobre nossos hábitos e atitudes. Algumas vezes usamos este espaço para falar de filmes ou livros relacionados com saúde infantil. Nessa oportunidade, aproveito para falar de três filmes que falam sobre o mesmo assunto, ou seja, de doenças que trazem deformidades e excluem as pessoas de um convívio normal.

O primeiro filme cheio de emoções é inspirado no best-seller ‘Extraordinário’ escrito por R. J. Palacio, e conta a inspiradora e emocionante história de August Pullman. Com uma deficiência facial, que, até agora, o impediram de ir a uma escola convencional, Auggie se torna o mais improvável dos heróis quando ele ingressa aos 10 anos na 5ª série de uma escola comum. Sua família, seus novos colegas de classe e a comunidade lutam no desenvolvimento da compaixão e da aceitação e a extraordinária jornada de Auggie os unirá e provará que não é possível se misturar quando se nasce para se destacar.

John Merrick nasceu desfigurado e parecia estar condenado a uma triste existência como atração de um show de aberrações. Porém, um cirurgião londrino o introduziu à sociedade. Apesar de suas dolorosas experiências, Merrick é gentil e inteligente e se torna convidado frequente nos salões vitorianos, mas precisa cobrir totalmente as feições deformadas. Esta é a história contada no filme de 1980, “O homem Elefante’.

De 1985, o filme “Marcas do destino” conta a história de Rocky Dennis, um adolescente inteligente, bem-humorado e extrovertido que sofre de uma rara deformidade facial. Rusty, sua mãe, luta para que seu filho seja aceito na escola pública, já que ele pode provar que é competente para isso. Mesmo enfrentando discriminação, Rocky encontra suporte em sua família e também se apaixona pela primeira vez.

Há cerca de 20 anos eu atendia uma família que tinha filhos com ictiose, uma doença genética de pele que conforme a sua gravidade dá um aspecto muito feio à pele. Após alguns anos a mãe veio em consulta dizendo que havia conseguido uma transferência para uma cidade litorânea e que iria se mudar para lá. Banhos do mar e o contato com o iodo do mar melhoravam os sintomas da doença. Ela vinha agradecer o fato de atender seus filhos sem fazer diferença e contou que havia passado por pediatras que pediram para ela não voltar porque assustavam os pacientes, que as pessoas tinham medo e que alguns médicos nem encostavam nos filhos e mau examinavam por nojo. Vale mencionar que essa não é uma doença contagiosa.

Vale a pena ver os três filmes. O único que está nos cinemas e com muito sucesso é Extraordinário, mas os outros dois são facilmente encontrados na Internet. Cada um deles se passa numa época muito diferente, nos últimos 150 anos, mas todos mostram a intolerância, o bullying, o preconceito e a dificuldade de conviver com o diferente, com o estranho e com o esteticamente feio. Em tempos de luta contra a desigualdade é bom ver trabalhos que trazem essa discussão e que nos fazem refletir sobre nossas atitudes, seja como pessoa, como profissional da saúde, como Instituição de saúde e finalmente como uma Fundação que lida com “Saúde Infantil”.

Saiba mais: trailers:

Extraordinário: https://www.youtube.com/watch?v=6g80d7igX0k

Marcas do destino: https://www.youtube.com/watch?v=enJHLN9znFo

Homem elefante: https://www.youtube.com/watch?v=O5xzPQDrp3Q

 

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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