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Na primeira semana de maio estive em São Francisco, nos EUA, para participar do Global Philantropy Forum juntamente com o Dr. Marcos Kisil, assessor da nossa Fundação para relações estratégicas.
Durante três dias foram discutidos temas de interesse de ações filantrópicas do mundo todo. Do Brasil estavam 13 pessoas representando três fundações, além do GIFE (Grupo de Institutos e Fundações Empresariais) e do IDIS.
Nossa Fundação vem crescendo e, dentro de alguns anos, deverá estar entre as maiores fundações familiares do Brasil, portanto precisamos fazer relações não só com o meio fundacional no Brasil, mas também conhecer e manter relações com o meio fundacional internacional.
No Brasil, fazemos parte de associações do terceiro setor como o GIFE e a APF (Associação Paulista de Fundações), prestamos contas ao Ministério Público de Fundações, além de fazermos parte de algumas redes como o NCPI (Núcleo da Ciência pela Infância) e a Rede Nacional da Primeira Infância. Também mantemos parcerias com diversas instituições do terceiro setor em projetos voltados a crianças e adolescentes.
Neste fórum, pudemos ver onde, como e por que as grandes e médias fundações americanas funcionam. É interessante ver como eles fazem enormes investimentos sociais em países por todo o Mundo. Também foi importante ver como existe uma rede crescente de filantropia globalmente, mesmo em países onde a filantropia não existia há pouco tempo, como China, Rússia e muitos países da Ásia e até da África.
No Brasil, a filantropia existe desde nosso descobrimento e chegou com os portugueses através das irmandades da misericórdia ou as Santas Casas, onde tive a honra de ser o Provedor da Santa Casa de São Paulo. Esta filantropia lusitana estava mais voltada à caridade e à assistência das condições básicas de vida, pelo seu caráter de misericórdia. Hoje em dia, as organizações mais modernas se preocupam também com outras coisas como a sustentabilidade, a educação, luta por direitos de minorias, entre muitas outras coisas.
Há alguns anos passei a me dedicar em tempo integral à filantropia, atuando em conselhos de administrações de ONGs, ajudando causas como cultura de doação, primeira infância, voto consciente, diminuição das desigualdades etc., acabando por instituir a Fundação José Luiz Setúbal, o Instituto Pensi e o Fundo Areguá e finalmente absorvendo a Autismo & Realidade dentro do Instituto Pensi.
Em minha opinião, é fundamental termos uma sociedade civil organizada e pessoas generosas em dar, não só dinheiro, que muitas vezes é difícil, mas sua experiência e conhecimento, como eu fiz na Santa Casa e fui ajudado por dezenas de pessoas que vieram voluntariamente. Os governos não têm condições de resolver nossos enormes problemas sozinhos, por isso acredito que cada cidadão, na medida de sua possibilidade, é também responsável na resolução dos problemas do Brasil.
Experiências como a minha ida ao Global Philantropy Forum me deixam esperançoso no Mundo que deixaremos para nossos filhos e netos. Assim como constatar os milhões de cidadãos do Mundo que doam muitos bilhões de dólares, euros, yens, reais para organizações como o Greenpeace, Medecins sans Frontieres, Graac, AACD, AC Camargo, Santa Casa, para causas como desigualdade, fome, diferenças raciais, cura de doenças, desigualdade de gênero, pelas crianças e pelos idosos, entre tantas causas necessárias, enfim, por tantos problemas que o Mundo padece.
Em setembro, teremos o Gobal Philantropy Forum Brasil, onde poderemos discutir e procurar soluções para nossos problemas. Por acreditar nisso é que já somos, há alguns anos, um dos patrocinadores deste evento.
Leia também: O Brasil está mais generoso e solidário
Saiba mais:
https://institutopensi.org.br/cep_fjles/historico/
Atualizado em 4 de dezembro de 2024