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Que tipo de vida meu filho vai ter?
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Que tipo de vida meu filho vai ter?

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27/03/2014
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Mother-Child-Down-Syndrome

Recentemente a empresa italiana Saatchi & Saatchi criou uma nova campanha para a organização nacional de apoio à Síndrome de Down, COORDOWN. Segundo a empresa, a ideia foi criada após receberem uma carta de uma futura mãe, cujo filho foi diagnosticado em seu ventre com Síndrome de Down “Que tipo de vida o meu filho vai ter”? A campanha responde por meio de um comovente depoimento de jovens com Síndrome de Down que respondem dizendo como são felizes e o que podem fazer, como brincar, estudar, praticar esportes, trabalhar, amar, sorrir, ser feliz!

Muitos pais me perguntam como será a vida dessas crianças em termos de atividades físicas. E minha resposta é sempre a mesma: normal como qualquer outra criança. As crianças portadoras de Síndrome de Down podem praticar esportes tranquilamente. Algumas modalidades, como a Ginástica Artística Infantil, requerem alguns cuidados a mais. Uma das qualidades que mais se requer na ginástica, é a flexibilidade. Como os portadores de Síndrome de Down possuem diminuição do tônus muscular, essa qualidade é valorizada nessas pessoas. Assim sendo, as crianças podem iniciar a prática desde que começam a caminhar e têm um caminho muito propício ao sucesso. A única limitação quanto a prática desse esporte é a verificação se a criança possui instabilidade atlanto-axial (condição que atinge cerca de 15% das pessoas que nascem com SD).

Porém nada é motivo para impedi-las de praticar uma atividade física quando se tem amor e objetivos claros. Prova disso é a bailarina Aline, portadora de Síndrome de Down, que tem mostrado e conquistado o mundo com sua graça e leveza. Iniciou suas aulas em São Bernardo do Campo e hoje já se apresentou mais de 200 vezes dentro e fora do Brasil. Aline começou sua carreira com 8 anos de idade, quando a mãe matriculou-a numa escola de ballet, com o único objetivo de que a pequena pudesse fazer uma atividade física, sem saber que isso mudaria sua vida. Extremamente disciplinada e hoje com 27 anos de idade, ela se dedica aos treinos por 5 horas diárias. É um exemplo de determinação e coragem.

Sáska e Felipe praticam patinação artística. O que trouxe de benefícios para eles? O fortalecimento muscular, aumento do equilíbrio e da coordenação motora. Praticam ao menos duas vezes por semana e já possuem inúmeras medalhas e troféus. Fernanda, por sua vez, pratica surf e stand UP paddle. É uma revelação nas pranchas e pratica com amor e dedicação.

Casos como o de Aline, Sáska, Felipe e Fernanda, são inúmeros. Jovens que iniciaram suas atividades quando pequenos e hoje, colhem os frutos de uma vida saudável e regrada por meio do esporte e da prática de atividade física. Alguns já estão cursando a faculdade, como é o caso de Sáska, outros trabalham. Mas todos são unânimes em afirmar que a atividade física os ajudou a crescer e a transformarem-se em pessoas mais sadias e convictas de seus potenciais e objetivos.

Por meio da atividade física as pessoas portadoras de Síndrome de Down tornam-se adultos capazes de organizar-se melhor, de realizar suas atividades do dia a dia com mais independência. Oferecer qualidade de vida é uma maneira de incluir as pessoas na sociedade de maneira mais eficaz e humana. Assim sendo, não tenham medo pais e futuros pais… A Síndrome de Down não exclui, mas sim, mostra-nos um caminho a mais para a vitória, a conquista e a auto realização!

 

Assista ao vídeo aqui:

maria helena

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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