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14/09/2018
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Estava eu, toda achando que não ia parar pra pensar nisso, assistindo Isaac jogar vídeo game.

Fiquei ali uma meia hora, achando que estava fazendo companhia pra alguém, só observando.

Persisti em entender a lógica, mesmo sendo ignorada de todas as maneiras possíveis.

Até que as ideias começaram a surgir de todos os lados, e compatíveis a todo tipo de console: do xmãeculpada2018 até o playmamãeficandolouca.

Acontece que esses jogos de hoje são completos e extremamente sem graça pra esta aqui que foi criança lá na década de 80.

O jogador fica (se a mãe deixar, claro) por horas e horas e horas montando um personagem.

Uma infinidade de opções de cabeças, torsos (oi?), membros superiores e inferiores.

Aí você ainda pode escolher o cabelo, o chapéu, a roupa, o sapato, o poder, a expressão facial (oi?).

E antes de tudo isso você tem um filme gigantesco contando a história do personagem, dos antepassados do personagem, da meia irmã do personagem. Tudo muito explicadinho.

Cadê fase? Cadê desafio? Cadê objetivo?

Até tem, mas ficam escondidos de um tanto, que é preciso andar por uma cidade sem fim, onde todo mundo abana a mão pra você, sorri e pode pegar o carro que quiser na rua com o simples apertar de um botão.

E mais, há moedas e moedas espalhadas pela rua, é só pegar.

Logo, besta que sou, fiquei comparando com o que a gente tinha que lidar em termos de tecnologia na época:

1- para o jogo funcionar era preciso colocar exatamente na posição correta, assoprar, dar três pulinhos e rezar

2- a gente tinha um botão. Um único. E tinha que se virar com ele mesmo pra realizar todo o necessário para algum dia terminar a fase.

3- todo jogo, se não impossível, trazia em si uma sorte de dificuldades como lamaçais, geleiras, morcegos, ursos, carrinhos de supermercado, tartarugas dançantes e o que mais sua imaginação entendesse ser aqueles borrões ali.

4- e não tinha passeio não. Queria se divertir? O negócio era seguir em frente e achar o caminho pra sabe-se lá fazer o que.

5- salvar onde parou? Faz-me rir. Era tudo ou nada, colega. A mãe chamou pra tomar banho ou escolher a cinta, dançou. A gente começava do zero na próxima.

Logo, brotou em mim aquilo que toda mãe faz. Ter aqueles micro-desesperos sabe?

Fiquei atordoada pensando se, mesmo sem querer, os vídeo games daquela época nos ensinavam pra vida.

E os de hoje?

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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