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Não é raro uma mãe ou um pai me questionar sobre as quantidades de vacinas que as crianças tomam hoje em dia, afinal, “a medicina progrediu tanto que doenças não são problemas”. Isso é um engano frequente e o progresso da medicina está nas vacinas, cada vez mais eficientes, eficazes e seguras, todas com menos efeitos colaterais. Apesar disso, sempre haverá os que pregam uma vida mais natural, sem produtos artificiais ou estranhos ao organismo, incluindo as vacinas, preferindo não vacinar.
Em 2010, 9.120 casos de coqueluche (ou tosse comprida) foram registrados na Califórnia, o maior desde 1947. Várias causas do surto foram documentadas, incluindo imunidade acelular minguante da coqueluche. Um novo estudo publicado na Pediatrics (outubro), examinou o papel de grupos de indivíduos que se recusaram a tomar vacina.
O estudo analisa isenções não-médicas para crianças que entraram no jardim de infância a partir de 2005 até 2010, e casos de coqueluche que foram diagnosticados em 2010, na Califórnia. Os pesquisadores identificaram 39 grupos estatisticamente significativos de altas taxas de isenções não-médicas e 2 grupos estatisticamente significativos de casos de coqueluche. Setores censitários dentro de um grupo de isenção foram 2,5 vezes mais propensos a estar em um grupo pertussis.
Com doenças altamente infecciosas, como sarampo e coqueluche, estima-se que mais de 95% da população deve ser imunizada para evitar surtos e reduzir o risco de doença para aqueles que são jovens demais para serem vacinados.
Os autores do estudo concluem que as comunidades com grande número de pessoas não vacinadas ou sub-vacinadas pode levar a surtos de coqueluche, colocando as populações vulneráveis, como crianças pequenas, em maior risco.
Como se vê, a consequência de não vacinar ou vacinar de forma a não atingir o nível de proteção, aumenta o risco de toda a comunidade e não só da criança não vacinada.
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Fonte: Nonmedical Vaccine Exemptions and Pertussis in California, 2010 | Pediatrics
Atualizado em 23 de maio de 2024