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Qual o significado da páscoa?
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Qual o significado da páscoa?

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03/04/2015
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Pronto para se deliciar com os ovinhos de Páscoa? Então aproveite também para saber o que essa data tão importante significa e divirta-se mais ainda nesse dia!

Você já está pensando em seguir as pegadas dos coelhinhos para encontrar aqueles ovos de Páscoa deliciosos? Pronto para abocanhar os chocolates e abraçar todos os primos e tias no almoço de domingo? Pois é, a Páscoa é uma das ocasiões mais importantes do calendário cristão, por isso a época é de muita paz, união e momentos felizes em meio à família, independentemente do tamanho que ela tenha. Mas a Páscoa não é só uma questão de chocolates gostosos e brincadeiras, ela tem um significado mais profundo que vale a pena ficar conhecendo para entender melhor o porquê dos ovos de Páscoa, de o coelho ser o símbolo desse dia e até de onde vem esse nome tão engraçado. Para os cristãos, o Domingo de Páscoa marca a jornada de Jesus da morte à ressurreição, três dias depois de crucificado. De acordo com a Bíblia cristã, Jesus morreu na cruz e seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ficou até ressurgir, com corpo e espírito reunificados. É um dia para celebrar a vida com as pessoas que amamos.

Mas na verdade a comemoração da Páscoa vem de muito, muito tempo atrás, antes mesmo da era cristã. É que essa é a época em que acontece a entrada da primavera no hemisfério norte, onde as estações são o inverso das daqui, no hemisfério sul. Os povos de antigamente, principalmente os europeus, comemoravam o fim do inverno, uma época cinza e fria, e a chegada da estação das flores, mais quentinha e alegre – e também o período do plantio, que propicia a colheita. Uma estação que traz a vida. Já para os judeus, ela tem outro significado, mas também é um dia de festa. A Páscoa judaica lembra a travessia do povo israelita pelo Mar Vermelho, do Egito até a Terra Prometida, há mais de 3 mil anos, fugindo da tirania do faraó Ramsés II. Uma jornada de 400 anos de escravidão à liberdade. Por aí, já deu para perceber que a palavra “Páscoa” tem o significado de “passagem” em várias línguas, como em hebreu (pessach ou passover), grego (paskha) ou latim (pache), e inglês (Ostera, Ostara, Esther ou Easter), por exemplo.

E os ovos e coelhinhos, como é que vieram parar na Páscoa? Os povos pagãos da Europa, por exemplo, quando comemoravam a passagem do inverno para a primavera adoravam a deusa da estação, Ostera (ou Ostara ou Esther) que segura um ovo enquanto observa um coelho pulando alegremente entre seus pés. O mesmo mito está presente entre os gregos, na figura de Persephone, e romanos, como Ceres, também com ambos os símbolos de nascimento, renovação e vida (o ovo) e de fertilidade (o coelho). Inclusive muitos povos acreditavam que o mundo havia nascido de um ovo cósmico, visão que era compartilhada por celtas, chineses, gregos, fenícios, indianos e egípcios, por exemplo, entre muitos outros. Então o que aconteceu foi que na Idade Média começou um costume de comemorar a Páscoa dando esses símbolos de presente aos entes queridos, e no século X os ovos começaram a ser decorados.

Conta-se que o rei inglês Eduardo I mandava banhar ovos de galinha, codorna ou pata em ouro e os ofertada a amigos e aliados. Na China, era costume cozinhar os ovos embrulhados em casca de cebola e com uma beterraba, que “pintava” a casca com desenhos muito interessantes. Na Ucrânia, os ovos delicadamente pintados à mão são um presente tradicional até hoje, simbolizando sorte e saúde para o resto do ano. A Igreja Católica os adotou definitivamente como símbolo da Páscoa cristã no século XIII. Agora, o fato deles serem hoje de chocolate, bem, a explicação mais razoável é simplesmente a fartura de fabricação dessa delícia e sua grande aceitação no mercado mundial desde 1828. Fato que, com certeza, deixa a Páscoa ainda muito mais gostosa e divertida.

Feliz Páscoa a todos!

Leia também: Coelhinho da Páscoa, o que trazes para mim?

Atualizado em 31 de julho de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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