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Na semana passada me chamou a atenção uma reportagem na internet onde aparecia um jovem, barbudo, com cara de poucos amigos e uma manchete: “Não queria ter um filho veado”. Quando se lia o artigo e não ficava no preconceito da imagem e do título, via o drama de alguns pais que se defrontam com filhos transexuais, homossexuais e com gênero ainda não definido.
Em outubro, no Congresso da Academia Americana de Pediatria, existia um grande número de sessões dedicadas ao tema. Aqui no Brasil, este foi um tema que mobilizou a opinião pública quando apareceu na novela “A força do querer”.
Em dezembro, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em conjunto com a Academia Brasileira de Pediatria (ABP), se manifestou sobre a identidade e a sexualidade infantil. Em nota técnica, as entidades destacam que têm proporcionado espaços de discussão e elaborado documentos baseados em conhecimentos científicos que contextualizam a dinâmica das mudanças culturais e legais na sociedade, destacando a importância da defesa dos direitos da criança e do adolescente.
Para os pediatras, deve ser considerada a identidade social da criança desde seu nascimento, tendo como referência o seu sexo genético. Além disso, destacam que escolhas eventualmente diferentes sejam deixadas para idade e etapas posteriores às do desenvolvimento. Os casos mais raros, segundo os especialistas, devem receber abordagem e planos terapêuticos articulados, em equipes multiprofissionais e compartilhados com as famílias.
Aplaudo o manifesto de nossa sociedade e, como tudo em temas polêmicos, devemos estar abertos para ouvir e discutir mudanças, mas com prudência. O relato do jovem pai é muito interessante e merece ser lido.
A SBP e a ABP afirmam o seu respeito à diversidade e à escolha das pessoas já autônomas, em relação ao gênero com o qual se identificam.
Saiba mais:
Como lidar com a orientação sexual do adolescente?
Fontes:
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 11 de novembro de 2024