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Psicologia no Brasil: a história da profissão no país
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Psicologia no Brasil: a história da profissão no país

Psicologia no Brasil: a história da profissão no país

27/08/2020
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Mais um ano se passa e chega a data de comemorar a profissão de psicólogo. O dia 27 de agosto foi escolhido porque no ano de 1962 neste mesmo dia, a lei 4.119 reconhecia a profissão de psicólogo no Brasil. Foi estabelecido um currículo mínimo para as instituições de ensino formarem seus alunos e também foram definidas normas para a atuação profissional. Os primeiros campos de atuação, na psicologia, são a clínica, o campo escolar-educacional e a organização do trabalho.

A profissão tem seu principal obstáculo na ditadura militar que criou impasses para o desenvolvimento da mesma. As práticas clínicas e educacionais psicológicas eram repudiadas pelas autoridades vigentes da época, já que era componente da luta a favor de direitos humanos e contra posições de caráter autoritário e de censura.

Com o auge da ditadura em 1970, a psicologia atuava como uma ciência supostamente neutra e distante de reflexões políticas e seus efeitos nas pessoas. Também era comum a execução de uma prática psicológica que visava a normalização dos indivíduos frente a uma sociedade opressora.

Em 1971, foi criado o Conselho Federal de Psicologia (CFP), sob o controle do Ministério da Saúde, que levou dois anos para convocar as associações de psicologia para o primeiro plenário. Com isso foi possível desenvolver melhor a profissão, iniciou-se a publicação de uma revista cientifica que aderiu ao movimento contra a ditadura militar e também foi possível oficializar o código de ética em 1975. Ao longo dos anos, CFP passou a operar politicamente em união aos órgãos relacionados a Psicologia.

Com Jose Sarney na presidência da República, se inicia a nova república e assim em 1985 as liberdades democráticas foram restabelecidas no Brasil. O que levou a publicação de um novo código de ética profissional em 1987, que definiu deveres, direitos e responsabilidades dos psicólogos de acordo com os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas.

Então, a partir de 1989 diversos congressos e encontros foram fundamentais para direcionar os rumos da psicologia brasileira. Até que em 1997 é criada a Comissão Nacional de Direitos Humanos, que norteava a reflexão sobre os direitos humanos relacionados a formação, a pesquisa em psicologia e a prática profissional, a participação nas lutas pela garantia de direitos humanos e a intervenção em situações nas quais há violações de direitos humanos.

A psicologia através do Conselho Federal de Psicologia (CFP) foi uma grande aliada ao Movimento da Luta Antimanicomial por meio de campanhas, participação e promoção de eventos e seminários. Os resultados da Luta Antimanicomial foram diversos, entretanto o mais relevante foi a concretização do dia 18 de maio como Dia Nacional da Luta Antimanicomial e a aprovação da lei 10.216 de 2001, que garante direitos e proteção a portadores de sofrimento psíquico.

Essa lei assegura a assistência integral ao atendido, abrangendo serviços médicos, psicológicos, ocupacionais e de assistência social. Também garante o tratamento com humanidade, respeito e proteção contra qualquer forma de abuso e exploração.

A psicologia no mundo contemporâneo

As profundas alterações que o mundo moderno sofreu recentemente criaram um novo contexto de vida, caraterizado pela desconstrução da noção de socialização anterior. A população mundial ganhou a possibilidade de se reinventar e aprender novas formas de conviver com o coletivo.

Posto isso, o ramo da psicologia clínica cresceu exponencialmente nos últimos meses, contudo há diversos outros ramos que o psicólogo pode atuar, como no setor educacional auxiliando professores e alunos a solucionar problemas de aprendizagem e comportamento.

Outro ramo é na esfera esportiva, no qual o objetivo é orientar e dar suporte emocional aos atletas que sofrem com diversos tipos de pressões antes de competições. A atuação psicológica em equipes pode potencializar o rendimento dos atletas e promover harmonia entre os integrantes do grupo esportivo.

Outra especialidade da psicologia é a área organizacional, onde o profissional pode trabalhar com os recursos humanos da empresa ou operar com desenvolvimento e treinamento do capital humano. Também há a possibilidade de orientar planos de carreia, realizar pesquisas de satisfação laboral e estratégias para reestruturação de setores.

Encontra-se também campo de trabalho na esfera social, onde o psicólogo se dedica em penitenciárias, abrigos, asilos ou centros de assistência social, no qual, elabora planos e programas de atendimento coletivo ou oficinas para a melhora de demandas especificas para pessoas em vulnerabilidade social, por exemplo.

Também existe a psicologia do trânsito onde a meta é realizar avaliação psicológica para estudar o comportamento humano nesse contexto, e se possível, desenvolver ações educativas com condutores que apresentam histórico de infrações.

A psicologia, assim como a existência humana, é bastante diversa. Onde há pessoas e suas especificidades, a psicologia também está!

Yasmine Martins

Yasmine Martins

Psicóloga formada pelo Centro Universitário São Camilo e mestre em Ciências da Saúde com ênfase em Psicologia Infantil. Possui pós-graduação em Neuropsicologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. É coordenadora da pesquisa PRONAS Eye-tracking e assessora científica do Autismo e Realidade do Instituto PENSI.

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