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A culpa é da mãe. Toda da mãe.
E a gente, toda trabalhada no drama, reforça.
Até acha realmente que é. veste, como se fosse verdade.
Eu ainda tenho meus momentos drama queen.
Acho sim que a culpa é minha. Aliás, procuro toda essa culpa em mim.
Mas já estou naquela fase mais descolada.
Onde se a culpa é minha eu (em alguns momentos lógico) até aceito, pego pra mim (mesmo que não seja) e vejo o que dá pra fazer.
Se não der, paciência.
Em outras situações, se me tentam tacar a culpa, dou gargalhada na cara dela e digo que aqui não.
Mas ainda tenho anos a aprender sobre. Muito chororô e desespero materno passarão por baixo desta ponte. mas vamos levando.
Acontece, que Isaac, criatura que é, me joga/esfrega na cara o que acha de todo o trabalho materno.
Aquele que ele acompanha no todo dia. Somado a dois meses sem ajudante no lar.
Explico.
Ele é fã, fã, fã dos Saltimbancos. Passa perto do aparelho de som, dá play no cd e dá risada com a galera das antigas.
Canta, dança. Entende novas palavras.
Pois bem.
Ontem ele começa a cantar a música do jumento. Acho lindo, como tudo.
até ter o choque de realidade:
“O pão, a farinha, feijão, carne seca
Quem é que carrega?
MA-MÃE!
O pão, a farinha, feijão, carne seca
Limão, mexerica, mamão, melancia
A areia, o cimento, o tijolo, a pedreira
Quem é que carrega?
MA-MÃE!”
Ria o danado. e quando perguntei o motivo da cantoria ele só respondeu:
– Mas é, não é?????