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As dúvidas são muitas, mas, afinal, seu filho pode investir nos exercícios físicos mais pesados?
Nos dias de hoje, o padrão de beleza entre os jovens é de um corpo definido, sarado, sem pelos, etc. Basta folhear uma revista ou ver programas de TV feitos para este público. Pais e mães ficam, muitas vezes, preocupados, pois mal o jovem entra na puberdade e ele começa a pensar nestes aspectos sem hesitar. Ele só quer ir para a academia e fazer musculação.
Como quase tudo em nossa vida, existem aspectos positivos e negativos. Uma interessante pesquisa feita com 27.000 adolescentes nos EUA analisou os efeitos na saúde e no comportamento destes jovens, definidos pela mudança nos hábitos alimentares, nas práticas de exercícios físicos, uso de proteínas em pó e esteroides, e outras substâncias que melhoram a definição muscular.
Os autores encontraram mudanças saudáveis entre os meninos, onde mais de dois terços alteraram a alimentação para aumentar a massa muscular e 90% deles aumentaram os exercícios para o mesmo propósito.
Os comportamentos pouco saudáveis também foram encontrados: 35% usaram pó de proteína ou “shakes”; 6% relataram uso de esteroides e 10% relataram o uso de alguma substância de reforço muscular.
As meninas foram igualmente envolvidas e foi constatado mudanças na grande maioria delas na forma de alimentação e nos hábitos de exercícios, onde 21% utilizaram pó de proteína, 5% esteroides e 5% outras substâncias.
Os pesquisadores recomendam que os pediatras e outros profissionais da área de saúde conversem com os pais para orientar os adolescentes sobre a musculação e hábitos saudáveis para alertá-los sobre os perigos à saúde, como a necessidade de exames médicos desportivos e laboratoriais se for o caso.
Como se vê, vale muito a pena abordar o tema se você tem filhos adolescentes e, talvez, procurar ajuda de um pediatra para orientação.
Por Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: “Muscle-Enhancing Behaviors Among Adolescent Girls and Boys,” dezembro 2012 | Pediatrics