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Eu.
Logo eu que tenho um vício maluco em cortar o cabelo.
Logo eu que num belo dia adolescente troquei as madeixas pela cintura por um curtinho cortado à máquina.
Logo eu que nunca, nunquinha, fui adepta do “só dois dedinhos”.
Logo eu que só vivo de shampoo e condicionador, sem pente, sem hidratação, sem escova, sem secador.
Sim, eu.
Pari criatura que não só está com cabelo quase maior que o meu como também tá numa neura de que “se o barbeiro cortar demais eu nunca mais piso lá”.
Sério.
Isaac resolveu, aos sete, deixar o cabelo crescer e eu vi nisso uma oportunidade bacana de:
1- a) puxa, cada um tem um gosto e preferência para a própria aparência.
2- b) bora ensinar sobre paciência e higiene
3- c) cabelo ensina a ser responsável? tô dentro.
Então que desde o final do ano passado Isaac vinha nos enrolando dizendo que só iria deixar o cabelo crescer “até março”.
Chegou março e ele decidiu que curtiu a franjona na cara e os comentários e elogios da galera, que, em sua maioria acha a loirice linda balançando ao vento.
E lá vamos nós…
Filho cabeludo? Sim, trabalhamos.
Comprar condicionador, pente largo, secar a cabeleira pra ir pra escola nesses dias frios? Quem nunca?
(eu, mas tá valendo, que ser mãe é se transformar)
Explicar sobre piolhos, caspa, oleosidade e embaraço? tá no repertório mais recente.
Um outro mundo.
Aliás, Isaac me apresentando a mais um deles.
Desses mundos todos que ainda vou viver, dentro desse universo que é maternar.