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Criando a rotina dos bebês
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Criando a rotina dos bebês

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19/11/2013
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Se for bem instalada, ela pode ser rompida sem que isso desestabilize ou perturbe a criança e o ambiente

Criando a rotina dos bebês

A ideia de rotina nem sempre é vista com bons olhos, especialmente entre aqueles que a veem como certo aprisionamento ou impossibilidade de escolha. No entanto, quando se trata de bebês, a rotina é fundamental para desenvolver o senso de segurança e, posteriormente, a autoconfiança, tão necessários na vida de todos nós.

Um bebê que chora e tem suas demandas prontamente atendidas aprende que, diante de um desconforto, não demorará muito para que alguém lhe atenda. Ao mesmo tempo, se conseguimos prever situações que podem lhe gerar incômodo, podemos agir por antecipação. Assim, agasalhamos o bebê quando está frio, o alimentamos antes que a fome lhe torne insuportável, o trocamos depois das mamadas, assegurando-lhe com estes e outros cuidados conforto e amparo.

Quando as necessidades básicas do bebê são atendidas dentro de um tempo de espera que ele é capaz de suportar (este tempo aumenta lenta e progressivamente), e de modo muito parecido em momentos similares, permitimos que ele vivencie a sensação de integridade e segurança, bem como lhe damos a chance de poder antecipar o que está por acontecer. Por exemplo, ele sabe que quando chora alguém o atende, que se está no trocador é porque será trocado ou que quando recebe as palavras de bom dia é que sairá do berço e será amamentado.

Esta regularidade – que é sinônimo de constância e não de mesmice – isenta o bebê de se confrontar com o inesperado, que é sempre fonte de angústia, especialmente quando não se sabe ao certo o que está acontecendo ou prestes a acontecer. Esta regularidade – previsibilidade – é a rotina.

A rotina do bebê deve levar em consideração as diferenças individuais. Por isso, não pode ser rígida e inflexível, com regras e horários desenhados a partir das necessidades do ambiente (família ou berçário). Ela precisa ser estabelecida pelas necessidades particulares de cada bebê. Pensemos na rotina do dormir.

É compreensível que se o bebê dormisse num horário pré-determinado – e a noite toda – a vida familiar seria facilitada. No entanto, ele pode não estar com sono às oito da noite (permitindo maior tempo livre dos adultos); ou, ao contrário, pode estar bastante cansado e pronto para seu repouso às sete horas, antes do retorno dos pais para casa. É o próprio bebê quem revela suas necessidades.

Da mesma forma, a ideia de que qualquer lugar é lugar para o bebê dormir não o ensina onde, e por sua vez quando, deve dormir. Como dormir também é importante porque os rituais sinalizam que este momento está chegando. Ninar um dia, colocar musiquinha no outro, dar voltinha de carrinho em outra ocasião impede o bebê de se preparar, sempre da mesma forma, para o momento tão especial que é o dormir – mas poderia ser o banho, a alimentação, a brincadeira, o passeio e tantos outros momentos que fazem parte de sua vida.

Mesmo com o ritmo biológico irregular é possível e recomendável que os cuidados com os bebês se ajustem às necessidades dele e ocorram sempre de maneira muito semelhante, garantindo conforto e estabilidade. Quando, onde, como e com quem, nos primeiros meses de vida, são essenciais não apenas para a instalação da rotina, mas, principalmente, para o crescimento saudável da criança. Lá na frente, se a rotina foi bem instalada, ela pode ser rompida eventualmente sem que isso desestabilize ou perturbe a criança e o ambiente.

Por Patrícia Leekninh Paione Grinfeld – Psicóloga

Autora no site: Ninguém Cresce Sozinho

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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