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19/03/2015
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sensiilidade

Isaac vem desenvolvendo suas características de personalidade todo dia. Toda hora.

Mas já é certo que ele é pessoa sensível.

E é mais sensível ainda porque observa cada movimento que esse mundo dá.

Bom,

Além disso tudo ele é apaixonado pela sétima arte.

Filmes novos, antigos, animação ou não, curta, longa. Ele se abre a tudo.

Admira, assiste, analisa e pergunta por dias e meses, dependendo do impacto que a produção causa sobre sua pessoinha em formação.

Esse ano mesmo fomos assistir “As aventuras de Pi”.

Certa de que era um drama, arrisquei e fui feliz.

Isaac adorou, mas até hoje usa o filme como referência para um momento triste.

E não precisa ser assiiiim triste. Mas ele liga.

Usa pra explicar a intensidade da tristeza que ele ainda tenta entender.

Ontem a noite, pediu que eu lesse “Alice” antes de dormir.

Ele ouve atento as primeiras linhas, páginas.

Mas depois que a menina cai no buraco e se vê alí, entre crescer e decrescer, afogada na insegurança e curiosidade, Isaac suspira.

– Sabe mamãe, eu fico um pouco triste com esse livro aí.

– É filho??? Mas tem alguma parte que te faça sentir essa tristeza?

– Não. Eu fico triste assim, igual quando o Richard Parker foi para a floresta e deixou o Pi lá, sozinho.

Fechei o livro, dei um abraço e só disse que é normal sentir tristezas em algumas histórias ou filmes.

Que tem gente que gosta de escrever história triste, mas que são só histórias.

Disse que é normal a gente sentir vontade de chorar e é normal chorar se der vontade.

Ele chorou. Quietinho.

Apertou o rosto contra a baleia de pelúcia (Jubartina, registro aqui pra não te esquecer nunca, tá?).

– Mas eu vou ter sonhos ruins com esse livro aí.

– Bom, Isaac, isso a mamãe não tem como arrumar. Mas você sabe que se esse sonho ruim vier é só chamar, né?

– Sei. E você vem? Mesmo no sonho?

– Se você quiser eu vou sim.

E dormiu, meu pequeno, descobrindo que o país da Alice, o dele, o meu, não é essa Maravilha toda…

Carol Garcia

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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