PESQUISAR
Feriadão. Saiu sol.
Eu e Isaac resolvemos pular na piscina.
Eu, como sempre, com um bom tanto de neura sobre o corpo, sobre o que está mais pra baixo do que pra cima, sobre os furos, pneus, coisa de mulherzinha.
Ele, como sempre, atento a qualquer escorregão meu pra me mostrar a graça que a vida tem.
Pulamos, brincamos, cantamos, gritamos.
Uma farra.
Até que ele começa com suas regras (tenho um filho viciado por elas, mas isso é assunto para um outro post).
“tem que ser assim”, “você vai perder pontos”, “assim tá errado”, “agora é desse jeito”, enfim, uma infinidade de regrinhas e desafios.
Mas quando ele vê que sou indisciplinada e tô nem aí pra coisa toda, ele provoca.
– Duvido que você consiga mergulhar assim.
– Duvido que você sabe fazer aquilo.
Duvida um monte. duvida tudo.
E eu vou tentando provar que dá.
Até que:
– Duvido que você mergulhe tão fundo que deite no chão da piscina.
Eu respiro e fundo e vou. E saio toda dancinha da vitória:
– Consegui! consegui!
– Não conseguiu.
– Lógico que consegui, Isaac! até encostei meu peito no chão.
Ele olha, ri bem safadamente e manda:
– Lógico, seus peitos são tãããão grandes!
Ploft