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Entenda melhor a medicina alternativa e complementar
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Entenda melhor a medicina alternativa e complementar

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30/11/2016
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Medicina complementar e alternativa engloba uma série de diferentes terapias. Para entendê-los, precisamos dissecar a terminologia.

 

A medicina convencional (por vezes chamada de medicina ocidental) refere-se a tratamentos orientados ou prescritos por um médico. A “medicina convencional” é a forma mais utilizada de tratamento médico no sistema de saúde dos países ocidentais. Em geral se baseia em evidências conseguidas através de pesquisas científicas.

 

A medicina complementar é um tratamento ou terapia utilizados em combinação com a medicina convencional. Por exemplo, massagem, imaginação guiada e acupuntura, além de analgésicos e medicamentos para diminuir a dor.

 

A medicina alternativa é um tratamento apresentado no lugar de um convencional; por exemplo, alguns adolescentes usam ervas em vez de medicação antidepressiva.

 

Tomados em conjunto, complementar e medicina alternativa, ou CAM, representa um grupo grande e diverso de sistemas de cuidados de saúde, práticas e produtos que são baseados em técnicas de filosofias e outros que não os usados na medicina convencional. Os profissionais de saúde que praticam medicina integrativa usam uma combinação de tratamentos convencionais e complementares para tratarem seus pacientes.

1- Ensaio clínico controlado randomizado (ECR)

Quando abordamos o tratamento da doença, a medicina convencional baseia-se principalmente na biomedicina, que é baseada nas leis da ciência e da utilização do método científico para as provas. A maioria dos tratamentos são biomédicos e com base em pesquisas, em particular um modelo conhecido como o ensaio clínico controlado randomizado. Em um ECR, alguns indivíduos recebem um tratamento e outros não, mas os pesquisadores não sabem quem recebe o tratamento e quem não tem. A pesquisa é normalmente publicada em uma revista acadêmica revisada por pares. Isto significa que tem sido acompanhada de perto por um painel de peritos médicos, colegas dos pesquisadores que praticam no campo que está sendo estudado. O processo de revisão é projetado para manter os padrões profissionais, éticas e científicas e dar credibilidade ao estudo. Além disso, a revisão pelos pares determina se um estudo acadêmico é adequado para publicação em uma revista científica ou outra publicação. Para ser comprovado como evidência, este experimento precisa ser repetido em outros lugares e obter o mesmo resultado.

2- Tratamentos alternativos

Muitos remédios alternativos não foram submetidos a avaliações rigorosas. O suporte para estes tratamentos é muitas vezes de experiências próprias, ou seja, baseado em observações casuais ou uma história sobre uma pessoa ou uma situação. Esta evidência não é tão confiável quanto a de um ECR. Os casos não estão representados e os dados colhidos são difíceis de verificar como sendo uma representação precisa da situação. Às vezes, uma resposta individual é inadequadamente generalizada para todas as pessoas. O método científico não pode ser usado na maioria dos casos para investigar dados observacionais. O método científico utiliza um método cuidadoso e recolhe os dados mensuráveis para responder às perguntas através de experimentos cuidadosamente projetados. Dados adicionais podem tornar-se um depoimento para ajudar a promover um produto ou uma ideia.

 

Só porque um tratamento alternativo não foi submetido a um ECR não significa que ele não vá funcionar. É possível, também, que alguns remédios alternativos possam se beneficiar do efeito placebo, no qual a crença do paciente no tratamento, pode ser o suficiente para provocar um efeito positivo.

 

CAM para crianças com desordens do espectro autista (TEA)

 

Para qualquer pai que esteja considerando um tratamento CAM para uma criança com um TEA, a coisa mais importante que você pode fazer é se informar e usar o bom senso. Conheça os benefícios potenciais dos tratamentos e compreenda os riscos envolvidos. Seu pediatra pode ajudá-lo neste processo e, juntos, vocês podem decidir se querem ou não prosseguir com o tratamento. Também é importante conhecer os recursos necessários para iniciar e manter a terapia. Muitas destas terapias podem ser bastante custosas.

 

É importante para os pais investigar se uma terapia CAM tem sido pesquisada em um estudo científico baseado em evidências. Muitas vezes você pode encontrar estes estudos em sítios de universidades ou centros de pesquisas, como os Institutos Nacionais de Saúde Americano ( www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed ).

 

Um guia de senso comum para Recomendações de Medicina Alternativa tratamento complementar deve responder às seguintes perguntas:

  • A terapia eficaz?   Sim ou Não
  • É a terapia segura? Sim ou Não
  • Quais os riscos de se utilizar ou não utilizar este tratamento?

 

 

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

 

Fonte: Transtornos do Espectro do Autismo: O que cada pai precisa saber (Academia de Copyright © Americana de Pediatria 2012)

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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