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Daqueles papos que vale a pena registrar.
– Mamãe, como surgiu o cajado do Jack Frost?
(Se não entendeu a pergunta, abra uma nova janela e pesquise “A Origem dos Guardiões” no tio Google. Se entendeu, pule para a próxima linha deste post).
– Ele não ganhou o cajado do Homem na Lua?
– É, ganhou…
Silêncio.
E menos de um segundo depois, papo retomado:
– E quem é esse homem da lua?
– Hummm… pode ser o papai do céu, não pode?
– Não!
– Não?
(Danou-se… explica como hein?)
– Não, mamãe.
– Então quem será esse cara?
(Esse cara sou eu, Rei????)
– Eu acho que é aquele que lutou com o dragão.
– O São Jorge?
– É. ele.
– Pode ser sim filho. Tem razão.
-É, mãe, mas me explica uma coisa?
(Danou-se… e agora? ligo pra Glória Perez?)
– Explico. O que?
– Como é que esse São Jorge levou um cavalo marinho lá pra lua?
– Cavalo marinho? Aaaa…. ele tem um cavalo sim, branco, que não é marinho. é cavalo de quatro patas mesmo, com rabo e crina.
– Aaaa…. igual aquele que fica perto de casa com a carroça que pega lixo pra usar de novo (lê-se reciclável)?
– Isso.
– Coitadinho.
– Do São Jorge ou do cavalo?
– Do cavalo. Morar na lua deve ser bem legal.
– Também acho.
Suspiro.
– E nós, mamãe? O que vamos aprontar hoje?
(Filho de quem esse menino, meu deus?)
– Ô amor… nós vamos levar um monte de carinho pra vovó. ela está bem triste hoje.
– É?
– É. a sua bisa, a mamãe dela que mora láááááá no outro país, agora foi morar com o papai do céu.
– Por que?
– Ela estava muito velhinha.
– Velhinha quanto? 30?
(Ploft! Momento depressão aos 33)
– Não, amor. velhinha com 100.
– Cem?
– É. e ela foi morar com o papai do céu…
Silêncio.
Por dois segundos.
E eu me preparo para a próxima leva de perguntas e ele detona:
– Eu fui ao parque hoje e meu tênis tá lotadaço de areia.