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O mundo está careca de saber que mãe tem medo.
As vezes nega, muitas vezes ignora.
Noutras, finge que não tem. Em outras tantas oportunidades explica.
Todo dia mostra. Depois esquece que mostrou.
Ser mãe é ser humana e é (principalmente) deixar que o filho veja que isso é aceitável é positivo.
No meu caso, além do medo – dos medos -, eu sou uma humana “de” humanas.
Junte tudo. Some, subtraia, multiplique e divida.
Entendeu a introdução aí tanto quanto eu entendo equações de segundo grau, né?
Nunca fui chegada das ciências exatas, sempre sofri com elas.
Sobrevivi aos cálculos durante toda a vida escolar.
Fugi das fórmulas.
Fugi. Até agora.
Acontece que as tarefas de matemática esse ano chegam aos montes.
Até outro dia eu ria na cara da multiplicação.
Hoje, as divisões fazem piada de mim.
Isaac, que nasceu mais pra engenharia do que pro jornalismo, e ainda em geração desprovida de paciência, quase morre de desgosto quando eu tento ajudar, digo, entender a lógica dos números, que, depois de alguns minutos ganham nomes e histórias complexas.
Eu até tento.
Tento. Mas levo bronca master quando sou descoberta com a calculadora sob a mesa.
Ou quando começo a cantar (só pra espantar os males, tá?!).
Ele tenta também.
Tenta.
Mas ultimamente tem feito a tarefa quando não estou em casa e quando pergunto, rapidamente ele diz que já terminou e que era tudo bem…