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Isso ocorre porque a audição normal é inicialmente necessária para entender a linguagem falada e, posteriormente, produzir uma fala clara. Consequentemente, se uma criança tiver perda auditiva durante a primeira infância, isso exigirá atenção imediata.
Mesmo uma perda temporária, mas severa, durante esse período pode dificultar muito a aprendizagem da linguagem oral adequada.
A maioria das crianças apresenta uma perda leve e temporária quando o líquido se acumula no ouvido médio devido a alergias ou resfriados.
Em 10% das crianças, o líquido permanece no ouvido médio após uma infecção no ouvido levando a uma situação crônica. Essas crianças não ouvem tão bem quanto deveriam e às vezes têm atrasos na fala.
Muito menos comum é o tipo permanente, que sempre coloca em risco o desenvolvimento normal da fala e da linguagem. Ela pode variar de leve ou parcial a completa ou total. Existem dois tipos principais de perda auditiva:
Quando uma criança tem uma anormalidade na estrutura do conduto auditivo externo ou do ouvido médio, ou pode haver fluido no ouvido médio que interfira na transferência do som;
Este tipo de deficiência auditiva é causado por uma anormalidade do ouvido interno ou dos nervos que transmitem mensagens sonoras do ouvido interno para o cérebro.
A perda pode estar presente no nascimento ou ocorrer logo em seguida. O problema também pode ser devido a uma malformação do ouvido interno. Na maioria das vezes, a causa neurossensorial severa é hereditária.
O diagnóstico deve ser feito o mais rápido possível, no Brasil existe a obrigatoriedade do teste da orelhinha que faz uma triagem auditava.
Se seu filho tiver menos de dois anos de idade ou não for cooperativo durante o exame de audição, ele poderá fazer um dos dois testes de triagem disponíveis, que são os mesmos testes usados para triagem neonatal, são indolores, duram apenas de cinco a dez minutos e podem ser realizadas enquanto seu filho estiver dormindo ou deitado imóvel. Eles são:
Certamente, se esses testes indicarem que seu bebê pode ter um problema de audição, será recomendado uma avaliação auditiva mais minuciosa e assim que possível para confirmar o resultado.
Tratar uma perda auditiva dependerá de sua causa. As perdas leves geralmente melhoram sozinhas, mas se não houver melhora na audição em um período de três meses, e ainda houver líquido por trás do tímpano, o médico pode recomendar a drenagem do fluido através de tubos de ventilação inseridos através do tímpano.
Esta é uma operação menor e leva apenas alguns minutos, mas seu filho deve receber uma anestesia geral e passará parte do dia em um hospital ou em um centro de cirurgia ambulatorial.
Se uma perda auditiva condutiva for devido a uma malformação do ouvido externo ou médio, um aparelho auditivo pode restaurar a audição para níveis adequados.
Os pais de crianças com perda neurossensorial geralmente estão mais preocupados se o filho aprenderá a falar. A resposta é que todas as crianças com problemas auditivos podem ser ensinadas a falar, mas nem todas aprendem a falar com clareza.
Se o seu filho tiver deficiência auditiva grave ou profunda em ambos os ouvidos e não recebe nenhum benefício dos aparelhos auditivos, se tornará candidato a um implante coclear.
Os implantes funcionam bem para a grande maioria das crianças que têm função cerebral normal. O implante coclear é custeado pelo Sistema Único de Saúde – SUS desde 1999 (Portaria GM/MS 1.278 de 20/10/1999). É considerado de alta complexidade e especificidade, demandando a existência de serviços altamente especializados, equipes multiprofissionais, instalações e equipamentos bastante diferenciados.
Aqui estão os sinais e sintomas que devem fazer você suspeitar que seu filho tem uma perda auditiva e alertá-lo para chamar seu pediatra.
No Sabará Hospital Infantil temos no nosso Centro de Excelência um Departamento de Otorrinolaringologia com equipe capacitada para atender crianças com perda auditivas inclusive com colocação de implante coclear.
Saiba mais sobre este assunto:
Autor: Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: Caring for Your Baby and Young Child: Birth to Age 5 (Copyright © 2009 American Academy of Pediatrics)
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.