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Saúde bucal x coronavírus: redobre os cuidados
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Saúde bucal x coronavírus: redobre os cuidados

Saúde bucal x coronavírus: redobre os cuidados

20/03/2020
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Por Prof. Dr. José Reynaldo Figueiredo, odontopediatra 

“Diga ahh! Pense na boca, pense na saúde” foi o tema para o Dia Mundial da Saúde Bucal, comemorado em 20 de março, que a Federação Dentária Internacional denominou para o triênio 2018/2020. Mas quem poderia imaginar na época que os problemas bucais seriam irrelevantes frente a uma pandemia?

Problemas bucais são importantes, é claro. A saúde bucal tem de ser preservada a qualquer custo, mas uma epidemia de alcance mundial influencia todas as nossas atitudes em relação a saúde geral. E reforça cuidados que deveríamos já ter em nossas atividades diárias para a preservação da vida.

Há pouco meses, mais precisamente em novembro de 2019, em uma província da China, iniciou-se aquela que seria a maior pandemia do século XXI. Acredita-se que o “paciente zero” seja um chinês de 55 anos da cidade de Wuhan, capital de Hubei. Não se sabe como ele contraiu o vírus, mas descobri-lo se tornou importante para aprender mais sobre o COVID-19, ou coronavírus.

Essa pandemia causada por um novo vírus com formato de uma coroa, por isso coronavírus, colocou o mundo de joelhos, desde nações poderosas até as mais pobres do planeta. Esse ínfimo “micróbio” (como aprendíamos na escola primária) mede 400 microns (1 micrômetro equivale a milésima parte do milímetro), chegou de forma inesperada, fulminante e se estendeu pelos quatros cantos da Terra.

Apesar disso, não é a primeira vez que sofremos desse mal. Nosso planeta tem histórico de pandemias por séculos. No século XIV, a peste negra dizimou mais de 100 milhões de pessoas e acabou com metade da população europeia. No século XX, entre 1918 e 1920, a gripe espanhola, que não era espanhola, pois teve sua primeira referência nos Estados Unidos, matou mais de 50 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, ela vitimou até nosso presidente da época, Rodrigues Alves, em 1919.

No início dos anos 1980, uma nova epidemia, matou cinco homens, em cinco hospitais diferentes, em Los Angeles, EUA. O vírus causava uma pneumonia rara em pessoas sadias, além de outras doenças, destruindo o sistema imunológico do indivíduo. Era o início da aids e, desde então, já matou mais de 800 mil pessoas em 40 anos. Essas foram apenas algumas epidemias que abalaram o mundo moderno. Elas vieram e se foram, a aids ainda não se foi, mas está quase sobre controle. E todas elas nos trazem talvez, o mais importante: lições.

Saúde bucal x coronavírus: algumas recomendações

Esse momento crítico para a humanidade talvez seja uma ótima oportunidade para refletirmos nosso papel na Terra. Momento de mais individualidade e menos coletividade, mas momento principalmente de solidariedade. É momento de lembrarmos dos profissionais que estão na frente de batalha, como os médicos, as enfermeiras, os dentistas, entre outros. É momento de orarmos por aqueles que estão freneticamente buscando soluções ou a cura dessa nefasta doença. Eles precisam de apoio e, principalmente, que se respeite as orientações das autoridades. O dentista, por sua vez, é o profissional com maior risco de contaminação por sua proximidade com o paciente.

Por isso, remarque sua consulta se não for emergencial. E se for, seu dentista estará lá para te cuidar. Dentistas também trabalham em hospitais e não podem se eximir de suas obrigações e estarão lá quando for necessário. Nesse tempo, e como deveria ser sempre, mantenha sua higiene bucal em dia, diminua os doces e açúcares, em hipótese alguma vá para a cama sem escovar os dentes, e não se esqueça do fio dental. Faça isso por você, faça isso por sua criança. Faça isso se você tiver um idoso para cuidar.

Invente novas atividades, promova novas relações interpessoais, leia mais ou assista aquela série que você nunca conseguiu terminar. Mande mensagens para aquele amigo que você não vê faz anos. Medite, faça suas orações em prol da humanidade. Tem muita coisa para desenvolvermos nesses tempos de angústia e que vão ajudar o tempo passar. Não saia de casa, apenas em extrema necessidade.

Pense na boca, pense na saúde. Pense em quem você ama. Tenha fé, a crise vai passar. E logo teremos motivos para sorrirmos novamente.

Comunicação PENSI

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