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tempo, tempo, tempo, tempooooo
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tempo, tempo, tempo, tempooooo

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09/04/2015
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tempo

Escrevo esse post, meio desajeitado, com essa música que não sai da cabeça desde ontem.

Acontece que entre o tempo que vivo, milimetricamente calculado – se é que posso usar essa unidade de medida para tempo – tenho que explicar o tempo que o tempo tem ao meu filho de 4 anos.

Isaac já estuda os dias, meses e momentos na escola, que esse ano lhe deu um calendário.

Acho válido o aprendizado, mas morro de dó deles, tão pequeninos, já se prendendo a semana, ao final de semana – que aliás, Isaac já reclama ser curto demais (filho de quem será esse menino?) – ao tempo que sobra e ao tempo que falta.

O tempo é ingrato.

As vezes sim as vezes não. mas é.

Ingrato agora comigo, que tenho que mostrar o tamanho do tempo ao meu filho.

– Mãe, já está na hora da natação?

– Ainda não, filho, faltam 10 minutos…

– Dez minutos é contar 1,2,3,4,5,6,7,8,9 e 10?

– Não, amor, isso são 10 segundos.

– E quanto são 10 minutos?

– Cada minuto tem 60 segundos. então são 600 segundos.

– Nooooooossa! mas 600 é muito!

E ele se frustra, quando depois dos rápidos 10 minutos eu o chamo pra natação.

E como se não bastasse tudo o que contar o tempo engloba – falo aqui da questão psicológica, cansadológica e culpológica da coisa toda – agora eu tenho é que me virar na medidas.

Uma fita métrica seria linda. uma que conseguisse tal proeza.

– Mãe, nós já vamos pro inglês?

– Ainda não. falta meia hora.

– Meia hora? quanto é meia hora?

– 30 minutos.

– Hummm… e quanto é isso?

Pensei e, no cansaço todo, na vontade de chorar, de sentar e brincar sem olhar pro relógio, me rendi:

– 30 minutos é um desenho do diskovery.

Ele entendeu.

E eu tô tentando me entender até agora.

Ou eternamente.

 

Carol Garcia

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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