PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
Leite e trigo não são vilões, mas exigem cuidados para determinados organismos
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
Leite e trigo não são vilões, mas exigem cuidados para determinados organismos

Leite e trigo não são vilões, mas exigem cuidados para determinados organismos

07/10/2022
  2651   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

No Simpósio de Alergia Alimentar e Gastroenterologia, o gastroenterologista pediátrico Ricardo Toma, do Instituto da Criança da Universidade de São Paulo (USP), destaca a variedade de distúrbios alimentares relacionados ao consumo de leite e de trigo, mas alerta para a necessidade de evitar diagnósticos precipitados e a demonização desses ingredientes

 

Com uma plateia lotada, o Simpósio de Alergia Alimentar e Gastroenterologia trouxe para a comunidade pediátrica importantes esclarecimentos sobre as alergias e demais problemas associados a dois dos principais ingredientes da alimentação da grande maioria das pessoas: o leite e o trigo. Segundo os participantes do painel — realizado no segundo dia (7/10) do 6º Congresso Internacional Sabará-PENSI de Saúde Infantil —, é importante esclarecer que esses alimentos não são em si prejudiciais à saúde humana, mas exigem cuidados em determinados casos.

O responsável por abordar os distúrbios alimentares relacionados ao leite de vaca foi o dr. Mauro Toporovski, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) e membro do grupo de gastroenterologia pediátrica da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP). O principal mote de sua palestra foi justamente estabelecer as diferenças entre a intolerância à lactose, mais conhecida do grande público, e a alergia à proteína do leite de vaca (APLV).

“A intolerância à lactose é uma deficiência enzimática em que o organismo não consegue realizar com facilidade a hidrólise (reação química caracterizada pela quebra de moléculas em partículas menores na presença de água) da lactose, que é o açúcar do leite, enquanto a alergia à proteína do leite de vaca (APLV), como o próprio nome diz, está relacionada ao mecanismo imunológico”, esclarece Toporovski.

Segundo ele, a intolerância à lactose costuma se manifestar apenas a partir da infância e da adolescência e pode ser controlada com a restrição a determinados alimentos derivados de leite e com o emprego de lactase por via medicamentosa. A APLV, por outro lado, pode se manifestar ainda durante os primeiros meses de vida, com reações ao próprio leite materno, e exige medidas mais drásticas, como a exclusão total da proteína do leite da alimentação e a adoção de substituições e dietas mais adequadas.

Nesse mesmo seminário, o dr. Ricardo Toma, coordenador da Unidade de Gastroenterologia Pediátrica do Instituto da Criança da Universidade de São Paulo (USP), tratou dos diversos problemas relacionados à ingestão do glúten presente no trigo, destacando sempre que o ingrediente em si não é prejudicial à saúde humana, mas pode apresentar reações adversas em alguns organismos específicos. “O trigo é um bom alimento, que vem sendo usado há milênios pela humanidade e com poucas pessoas apresentando problemas após o seu consumo”, alertou.

O médico destacou ainda que há uma grande variedade de doenças relacionadas à ingestão de glúten, sendo que a maioria delas é confundida com a principal e mais popular, a doença celíaca. Além dela, há problemas como a síndrome do intestino irritado, a intolerância ao glúten não celíaca e a alergia IgE. Na suspeita de qualquer um desses casos, destaca o dr. Toma, o paciente não deve interromper o consumo de glúten até a conclusão do diagnóstico, sob o risco de atrapalhar a própria identificação do problema.

Por Rede Galápagos

Foto: Agliberto Lima

 

Leia mais:

CONGRESSO – Os destaques do segundo dia

O Brasil tem cientistas talentosos e indústria para criar e produzir vacinas

Maria Paula Coelho — Mais qualidade de vida para crianças com insuficiência intestinal

CONGRESSO — Os destaques do primeiro dia

O meio ambiente e o comportamento na cidade são desafios para a pediatria

MARCO AURÉLIO SÁFADI — A infectologia no foco do pediatra

Telemedicina: quais os riscos legais aos médicos

[ENTREVISTA] Sempre em frente — Antonio Condino Neto

SUE ANN COSTA CLEMENS — Liderança e reconhecimento na corrida pela vacina

CARLOS RODRIGUEZ MARTINEZ — Doenças respiratórias no centro da investigação

GISELLE COELHO — O aprendizado em cirurgia no metaverso

GONZALO VECINA — Em defesa das vacinas e da puericultura

 

>>

Baixe o livro O SABER PARA A SAÚDE INFANTIL – Os primeiros dez anos do Instituto PENSI

Comunicação PENSI

Comunicação PENSI

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.