PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
Perigos do “jogo da asfixia”
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
Perigos do “jogo da asfixia”

Perigos do “jogo da asfixia”

14/06/2012
  4713   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

Li um artigo na revista Pediatrics de maio que me chamou atenção, pois falava de um jogo (traduzido como jogo de estrangulamento), o qual eu nunca havia ouvido falar. Procurando um pouco pela internet, descobri que se trata de uma prática comum entre adolescentes nos Estado Unidos e consiste numa brincadeira de “enforcar-se” com um cinto, corda, barbante para ter uma hipóxia (baixa oxigenação no cérebro), o que causaria sensação de euforia. Parece bem estúpido, mas existe tanto lá como aqui no Brasil, onde é chamado de brincadeira da asfixia.

Nos Estados Unidos, é praticado mais entre meninos, adolescentes e jovens adultos; está relacionado com uso de drogas (lícitas e ilícitas) como álcool, maconha, crack e com início de atividade sexual. De acordo com os dados do CDC (Centro de Controle de Doenças dos EUA), ocorreram cerca de 80 mortes entre 2005 e 2007.

Segundo o artigo da Pediatrics, cerca de 5 a 11% das crianças e adolescentes já participaram do “jogo da asfixia”. Não só é uma atividade perigosa, como também pode ser associada a outros comportamentos de risco. 

A participação estava intimamente ligada ao aumento da atividade sexual e uso de substâncias estimulantes entre ambos os sexos, junto com a má nutrição e aumento da violência entre os homens.

Os autores do estudo acreditam que, por motivo destes resultados serem consistentes com os dados anteriores, os pediatras, pais e educadores devem estar atentos aos adolescentes e instruí-los sobre os perigos de tais brincadeiras.

De acordo com o CDC, as crianças que participam do “jogo da asfixia” podem apresentar os seguintes sintomas ou comportamentos:

1- Marcas ou hematomas no pescoço;
2- Olhos vermelhos;
3- Usar roupas que cobrem o pescoço, mesmo com temperaturas quentes;
4- Confusão ou desorientação depois de estar sozinho por um período de tempo;
5- Presença de itens incomuns, como coleiras de cães, cordas, lençóis, cordas elásticas e correias;
6- Dores de cabeça fortes e frequentes;
7- Comportamento secreto, irritabilidade, hostilidade;
8- Sangramento sob a pele da face e das pálpebras.

Leia também: 12 coisas que os pais podem fazer para ajudar a prevenir o suicídio

Fontes:Health Risks of Eighth-Grade Participants in the ‘Choking Game’: Results From an Oregon Population-Based Survey” Pediatrics maio 2012

Atualizado em 13 de março de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.