PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
Adolescentes adotam comportamento agressivo no namoro
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
Adolescentes adotam comportamento agressivo no namoro

Adolescentes adotam comportamento agressivo no namoro

10/01/2012
  2624   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

Uma pesquisa revela que os jovens praticam violência física e verbal nos relacionamentos afetivos

Uma pesquisa realizada entre 2007 e 2010, Violência entre namorados e adolescentes (lançada no livro Amor e violência pela editora Fiocruz) a pedido do Centro Latino-Americano de Estudos da Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/Fiocruz) e coordenada por Kathie Njaine, professora do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revela que os jovens usam a violência nas relações amorosas.

O estudo foi realizado em 10 capitais brasileiras, por um grupo de 11 pesquisadores que percorreram diversas universidades para investigar a violência afetivo-sexual, entre jovens de 15 a 19 anos. Foram abordados 3,2 mil estudantes de instituições públicas e privadas. Com ele, chegou-se a conclusão de os adolescentes atuais, apesar de utilizarem a internet e o “ficar” como forma de recriar os meios para se relacionar e para a interação amorosa e sexual, ainda carregam marcas tradicionais e conservadoras, como o machismo e o sentimento de posse, expressos na fala e no trato com o parceiro.

Aproximadamente 9 a cada 10 jovens são vítimas e praticam agressões. A violência se tornou normal para eles e é sinônimo de controle de parceiros. As meninas são, ao mesmo tempo, as maiores agressoras e as que sofrem mais com a ofensa. No entanto, os meninos são mais atingidos pelos danos físicos, como tapas, puxões de cabelo, empurrões, socos e chutes: 28,5% das garotas informaram que agridem seus parceiros, enquanto 16,8% dos garotos confessaram que fazem o mesmo. Na violência sexual, as mulheres que a praticam somam 32,8%, já os homens são a maioria, com 49%.

De acordo com pesquisadora e socióloga da Fiocruz Maria Cecília de Souza Minayo, organizadora do estudo ao lado de Kathie, os jovens seguem os exemplos que observam em casa. Sentem-se donos do parceiro e passam a querer controlar a roupa que vestem, a agenda telefônica, o acesso às redes sociais e até expor fotos de intimidade na internet. Os dados revelam que 33,3% das meninas ameaçam seus companheiros, enquanto os meninos são 22,6%.

O “ficar” também foi outro ponto levantado pela pesquisa. Tantos os alunos da rede privada como os da pública apresentaram esta semelhança. O ato também provoca ciúmes e vontade de controlar o outro, no entanto, na visão deles, como não é uma relação de namoro, existem menos possibilidades de envolvimento afetivo, traição e desconfiança. Para os homossexuais e bissexuais: 3% e 1% dos meninos, a prática serve para experimentar e confirmar a opção sexual.

Valores como a violência, o papel do homem e da mulher foram impostos pela sociedade e dificilmente poderão ser mudados, já que assumem uma estruturação. As escolas e os pais, muitas vezes, não interferem na vida amorosa dos alunos e filhos. Na visão da pesquisadora Kathie, os jovens de hoje não são muito diferentes dos do passado, em termos ideológicos e sociais.

Fonte: http://bit.ly/tg8btr

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.