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Afogamento de crianças é mais comum do que se imagina!
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Afogamento de crianças é mais comum do que se imagina!

Afogamento de crianças é mais comum do que se imagina!

14/12/2011
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Em um país como o nosso, em que a temperatura é amena ou quente boa parte do ano e existem muitos rios volumosos, represas, lagos, lagoas, praias, além de que atualmente as piscinas estão em lugares como parques, clubes, condomínios e casas, o cuidado com as crianças que frequentam estes espaços deve ser reforçado para evitar o afogamento.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, em 2005, 1.496 crianças de até 14 anos morreram vítimas de afogamento, sendo a segunda causa de morte e a oitava de hospitalização por acidentes, na faixa etária de 1 a 14 anos.

 

É importante salientar que os perigos estão em ambientes familiares, tais como piscinas, baldes, banheiras, poços e não estão apenas nas águas abertas como mares, represas e rios. Para uma criança que começou a andar recentemente, por exemplo, três dedos de água representam um grande risco.

Outro fator que contribui para que o afogamento seja um dos acidentes mais letais para crianças e adolescentes é o que acontece de forma rápida e silenciosa.

Vamos imaginar um banho de banheira de um bebê: o pequeno intervalo para se virar e pegar uma toalha é o suficiente para que uma criança fique submersa na banheira. Se você se afastar por 2 minutos para atender ao telefone, isto pode ser o bastante para ela perder a consciência. Se demorar mais do que 4 minutos, a lesão cerebral pode ser permanente.

Como proteger uma criança de um afogamento:

1) Esvaziar baldes, banheiras e piscinas infantis depois do uso e guardá-los sempre virados para baixo e longe do alcance das crianças;
2) Despeje a água antes de retirar a criança da banheira e esconda a tampa de modo que a criança não possa preparar o seu próprio banho;
3) Nunca deixe uma criança com menos de 3 anos sozinha na banheira, mesmo quando ela já se senta bem. Durante o banho, não atenda ao telefone e nem à porta;
4) Conserve a tampa do vaso sanitário fechada, se possível lacrada com algum dispositivo de segurança “à prova de criança” ou a porta do banheiro trancada;
5) Mantenha cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos trancados ou com alguma proteção que não permita “mergulhos”;
6) Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 metro que não possam ser escaladas e portões com cadeados ou trava de segurança que dificultem o acesso dos pequenos;
7) Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes. Esses recursos devem ser usados em conjunto com as cercas e a constante supervisão dos adultos;
8) Grande parte dos afogamentos com bebês acontece em banheiras. Nunca deixe as crianças, sem vigilância, próximas a pias, vasos sanitários, banheiras, baldes e recipientes com água;
9) Evite brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e aos reservatórios de água;

Leia também: Cuidados na piscina com a criança

Algumas características do desenvolvimento contribuem para que crianças pequenas fiquem mais vulneráveis a afogamentos, tais como:

1) Diferentemente dos adultos, as partes mais pesadas do corpo da criança pequena são a cabeça e os membros superiores. Por isso, elas perdem facilmente o equilíbrio ao se inclinarem para frente e consequentemente podem se afogar em baldes ou privadas abertas;
2) O processo de afogamento é acelerado pela massa corporal do indivíduo;
3) Elas não têm maturidade, nem experiência para sair de uma situação de emergência;
4) Boa parte das crianças que se afogam em piscinas está em casa sob o cuidado dos pais. Um mero descuido deles basta para que ocorra um afogamento.

Observação:

O afogamento caracteriza-se pela falta de oxigênio no sangue (hipoxemia), que afeta todos os órgãos e tecidos. A intensidade da hipoxemia é determinada pelo tempo em que a pessoa fica submersa, pela quantidade e tipo de líquido que é aspirado para dentro do pulmão e pela resistência individual de cada afogado.
A duração da submersão é fundamental, porque a quantidade de oxigênio nos vasos sanguíneos vai caindo (exponencialmente) durante a asfixia. O período máximo, antes de ocorrer lesão irreversível, é incerto, mas provavelmente é de três a cinco minutos.

Fontes: Criança Segura e APSI – Associação para a Promoção de Segurança Infantil, Portugal; A CRIANÇA SEGURA – http://criancasegura.org.br; Aliança Europeia de Segurança Infantil; Programa de Prevenção de Lesões (Copyright © 1994 Academia Americana de Pediatria revista 09/05); http://zonaderisco.blogspot.com

Atualizado em 16 de fevereiro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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