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Álcool: a escolha mais popular
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Álcool: a escolha mais popular

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28/07/2017
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Os jovens estão bebendo mais e cada vez mais cedo, o que aumenta o risco de boa parte desta juventude desenvolver o alcoolismo. Esta equação se repete em praticamente todo o mundo, inclusive no Brasil, apesar de as pesquisas sobre o tema ainda serem bem escassas por aqui.

O último Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas, realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) e pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), revela que o consumo de álcool por adolescentes de 12 a 17 anos já atinge 54% dos entrevistados e desses, 7% já apresentam dependência. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, 21,4% já sofreram algum episódio de embriaguez na vida. As bebidas alcoólicas estão cada vez mais presentes na rotina dos adolescentes. O álcool pode causar vários danos à saúde e também é uma porta de entrada para outras drogas e causa sérios danos à saúde, comprometendo também o rendimento intelectual desses adolescentes em fase escolar.

O álcool é, de longe, o medicamento psicoativo mais utilizado nos Estados Unidos. Quatro em cada cinco homens e mulheres com mais de doze anos experimentaram, duas vezes e meia o número que diz ter experimentado maconha. Os pais são muito preocupados com o uso de drogas como maconha pelos seus filhos. Em relação às drogas lícitas ou legais como álcool e tabaco eles são bem mais condescendentes.

O jovem adolescente costuma usar argumentos comuns:

– “Como você e seus amigos podem fazê-lo e não podemos? Além disso, não é como se estivesse fumando erva ou disparando heroína. É apenas cerveja.”

Ao discutir o uso de álcool com um adolescente, abordar as contradições flagrantes em nossas visões sociais sobre beber. A sua sinceridade será apreciada. Aqui está um exemplo do que você pode dizer:

“Até você completar 18 anos, nossa regra sobre o álcool é simples: você não deve beber, se por nenhuma outra razão que seja contra a lei. Uma vez que você tenha idade legal, então será sua decisão se deve ou não usar álcool. Droga ilícita, você nunca deve tomar; não me importo com quantos anos você tem.”

O que todos os pais e adolescentes deveriam saber sobre o álcool

Os adolescentes que bebem geralmente começam com cerveja, vinho, em uma mistura de vinho e suco de frutas (ponche), que muitos jovens tendem a absorver como um refrigerante. Embora muitos adolescentes acreditem erroneamente que essas bebidas são mais seguras do que um destilado, é a quantidade de álcool que você bebe, e não o que você bebe, que importa. O fato é que uma lata de cerveja e um copo de vinho têm a mesma quantidade de álcool menos do que uma dose de whisky, vodca ou cachaça.

Não há generalização que possamos fazer sobre a quantidade de álcool que leva para ficar bêbado. Todos somos diferentes na sua capacidade de metabolizar o álcool, mas as mulheres metabolizam-no de forma menos eficiente do que os homens. O limite legal no Brasil da tolerância zero, onde a decisão do Contran, após uma série de estudos, foi determinar que o motorista terá cometido infração se tiver 0,01 miligrama de álcool para cada litro de ar expelido dos pulmões na hora de fazer o teste. Mas definiu, na regulamentação, que o limite de referência será de 0,05 miligrama – por causa dessas diferenças dos aparelhos, em uma espécie de “margem de erro” aceitável.).

Cinco sinais de abuso agudo de álcool

1- Fala arrastada

2- Julgamento e habilidades motoras deficientes (Má coordenação)

3- Confusão

4- Sonolência

5- Agitação

As falhas de carro são apenas as mais óbvias das consequências adversas de ficarem bêbadas. As estatísticas do Conselho Nacional sobre Alcoolismo e Dependência de Drogas implicam o consumo de álcool em cerca de metade de todos os ataques sexuais envolvendo adolescentes e estudantes universitários, incluindo a violação da data. Uma proporção assustadora de adolescentes – uma em cada seis – admite ter experimentado apagões induzidos pelo álcool, onde não conseguiram recordar os acontecimentos da noite anterior.

Os adolescentes sexualmente ativos que estão envolvidos excessivamente também são menos propensos a se protegerem contra a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis, pelo simples motivo de que eles estão muito apinhados para tomar as precauções necessárias antes de ter relações sexuais. O fato de que beber pesado desgasta o sistema imunológico aumenta o risco de contrair uma doença sexualmente transmissível (DST).

Um ponto para impressionar os meninos e as meninas: não são apenas os alcoólatras confirmados que sofrem as mais angustiantes repercussões do abuso de álcool. Um único episódio de beber imprudente pode acabar em tragédia, como quando um menino desliza atrás do volante de um carro enquanto está sob a influência, ou quando uma jovem intoxicada aceita a oferta de um colega de bar para continuar festejando no apartamento dele.

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Fonte:  Cuidar do seu adolescente (Copyright © 2003 Academia Americana de Pediatria)

http://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2016/08/cresce-o-consumo-de-alcool-entre-adolescente-segundo-o-ibge.html

http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/40/artigo42605-1.asp/

informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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