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Diante de tanta violência, a superação dos pequenos nesses casos ainda é incerta
No mundo atual, as crianças estão expostas aos noticiários e às informações sobre violências, acidentes e outras situações traumáticas, como o episódio de Santa Maria que causou a morte de muitos adolescentes. Mas, o que podemos fazer no papel de pais, médicos ou educadores? Em um estudo publicado na revista americana Pediatrics, é possível achar uma solução, apesar das conclusões incertas.
Cerca de dois terços das crianças e dos adolescentes menores de 18 anos vão experimentar, pelo menos, um evento traumático, como um acidente natural ou feito pelo homem como desastres, guerras, acidentes ou tiroteios na escola. Porém, poucas provas existem sobre a melhor maneira de ajudá-las a se recuperarem e evitarem, a longo prazo, consequências negativas.
De acordo com o estudo patrocinado pela Agência de Investigação de Saúde e Qualidade, foi realizada uma revisão de evidências de pesquisa existentes sobre distúrbios de estresse traumático em crianças, terapias psicológicas e farmacológicas. A pesquisa apresentou uma ampla variedade de intervenções psicoterápicas. Apenas alguns desses tratamentos psicológicos parecem mostrar alguma ajuda às crianças em curto prazo. Os medicamentos não mostraram benefícios.
Não há estudos que tentaram replicar os resultados de intervenções eficazes e nenhum deles forneceram uma visão sobre como as intervenções terapêuticas podem influenciar o desenvolvimento das crianças a longo prazo.
Os resultados deste estudo devem servir para chamar a atenção, de acordo com os autores. É necessário mais pesquisas para fornecerem orientações definitivas sobre o tratamento das crianças expostas aos eventos traumáticos.
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Por: Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: Comparative Effectiveness of Interventions for Children Exposed to Nonrelational Traumatic Events | Pediatrics