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Os melhores brinquedos para criança ainda são os básicos!
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Os melhores brinquedos para criança ainda são os básicos!

Os melhores brinquedos para criança ainda são os básicos!

12/12/2018
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O Natal se aproxima e as crianças começam a fazer sua lista de presentes ao Papai Noel. Muito dos desejos ainda são brinquedos comuns como bolas, carrinhos ou bonecas, mas num mundo cada vez mais digital, os desejos vão mudando

A Academia Americana de Pediatria (AAP) sugere que os melhores brinquedos para criança se desenvolver são aqueles que promovem o jogo ou a brincadeira entre um cuidador e uma criança.

Como aparelhos baseados em mídia digital cada vez mais presentes nos corredores das lojas de brinquedo, a AAP adverte as famílias contra usá-los como um substituto para os brinquedos tradicionais e jogos que alimentam a imaginação e ajudam no desenvolvimento saudável.

Num relatório clínico publicado na revista Pediatrics de dezembro de 2018, “Selecionando brinquedos apropriados para crianças jovens na era digital”, surgem orientações de brinquedos para crianças desde o nascimento através da idade escolar.  

Os brinquedos evoluíram ao longo dos anos, e os anúncios podem deixar os pais com a impressão de que os brinquedos com uma plataforma “virtual” ou digital são mais educacionais.

A pesquisa nos diz que os melhores brinquedos não precisam ser chamativos ou caros ou vêm com um aplicativo, o simples, neste caso, e pode ser o melhor.

Brinquedos ideais são aqueles que combinam com as habilidades de desenvolvimento das crianças, enquanto encorajam o crescimento de novas habilidades. Os brinquedos para criança são fundamentais para o desenvolvimento de cérebros infantis, interações linguísticas, brincadeiras simbólicas e imaginativas, resolução de problemas, interações sociais e atividade física – e são cada vez mais importantes quando os bebês e crianças se movem da primeira infância para a idade escolar

Os melhores brinquedos são aqueles que apoiam os pais e as crianças brincarem, imaginando e interagindo juntos. Você simplesmente não colhe as mesmas recompensas de um Tablet ou tela. E quando as crianças brincam com os pais a verdadeira magia acontece, se eles estão brincando com personagens de brinquedo ou blocos de construção ou quebra-cabeças juntos.  

Agora se o brinquedo eletrônico for sua opção, lembre-se que eles não proporcionam às crianças a interação e o engajamento parental que é crítico para o desenvolvimento saudável, de acordo com o relatório. Por isso é necessário que os pais e cuidadores utilizem o aparelho eletrônico junto com seu filho, buscando forçar algum tipo de interação.

Muitos dos novos meios “interativos” incluindo vídeos, programas de computador e livros especializados com leitura gravada por voz, fazem reivindicações sobre benefícios educacionais em propagandas que são injustificadas, de acordo com a AAP e vários estudiosos do assunto.

Este relato clínico também abrange considerações de segurança ao escolher brinquedos, e a adequação de brinquedos para crianças com necessidades especiais.

Confira cinco recomendações para os pais:

1- Reconheça que uma das finalidades as mais importantes do jogo com brinquedos, especial na infância, não é educacional, mas sim para facilitar interações e relacionamentos de suporte psicológicos entre a criança e o adulto;

2- Compreenda que o brinquedo educacional é aquele que promove interações entre cuidadores e crianças no jogo de apoio, incondicional;

3- Escolha brinquedos que não são super estimulantes, procure incentivar as crianças a usar a imaginação;

4- Use livros infantis para desenvolver ideias, para simular situações que imitam a vida real (brincar com bonecos, carrinhos, de cozinha, de advogado ou professor, por exemplo) junto à utilização dos brinquedos;

5- Esteja ciente do potencial dos brinquedos para promover estereótipos baseados em raça ou gênero. Promova a diversidade e incentive seu filho a fazer o mesmo.

Limite o uso de videogame e computador por crianças pequenas. O tempo total da tela, incluindo o uso da televisão e do computador, deve ser menos de uma hora ao dia para crianças após os dois anos de idade, e evitado para aqueles mais novos de 18-24 meses.

As crianças menores de cinco anos devem brincar com computadores ou videogames somente se forem apropriadas para o desenvolvimento neuropsicológico, e devem ser preferencialmente acompanhadas pelo pai ou cuidador.

Quanto mais sabemos sobre o desenvolvimento precoce do cérebro, mais entendemos a necessidade de jogo que é baseado na interação humana. Não há tela, videogame ou aplicativo que possa substituir os relacionamentos construídos sobre brinquedos para criança.

Saiba mais no blog do Hospital Infantil Sabará:

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Fonte: Pediatrics December 2018 From the American Academy of Pediatrics

“Selecting Appropriate Toys for Young Children in the Digital Era”

Aleeya Healey, Alan Mendelsohn, COUNCIL ON EARLY CHILDHOOD

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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