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As crianças transgênero e com diversidade de gênero enfrentam muitos desafios na vida, mas, como todas as crianças, elas podem se transformar em adultos felizes e saudáveis quando apoiadas e amadas durante todo o seu desenvolvimento.
Uma nova declaração de política publicada pela AAP chamada “Assegurando Assistência e Apoio Integral a Crianças e Adolescentes Transgêneros e Gênero-Diversos”. A declaração, foi publicada na edição de outubro de 2018 da revista Pediatrics, tem como objetivo ajudar pediatras e pais a lidar com questões de saúde de jovens com diversidade de gênero enquanto defende formas de eliminar a discriminação e o estigma.
Apesar da crescente conscientização do público e de algumas proteções legais, as crianças que se identificam como lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros ou com diversidade de gênero muitas vezes carecem de assistência médica adequada, incluindo acesso a recursos de saúde mental.
Em sua primeira declaração de política sobre o tópico, a AAP analisa as pesquisas mais recentes e fornece recomendações que se concentram especificamente em crianças que se identificam como transgênero ou com diversidade de gênero, um termo usado para descrever pessoas com comportamentos de gênero, aparências ou identidades que não se alinham com aqueles culturalmente designados para o seu sexo de nascimento.
Embora os dados sejam limitados, pesquisas baseadas na população estimam que 0,7% dos adolescentes entre 13 e 17 anos se identificam como transgênero, de acordo com o relatório.
Neste campo clínico em rápida evolução, os médicos desempenham um papel, oferecendo um lugar seguro e inclusivo para jovens transgêneros e com diversidade de gênero, que apresentam altos índices de depressão, ansiedade, distúrbios alimentares, uso de substâncias, autoflagelação e suicídio.
As crianças que são apoiadas por seus pais e familiares são mais propensas a ter melhor saúde física e mental, de acordo com a AAP. Em um estudo, 56% dos jovens que se identificaram como transexuais relataram ter pensado em suicídio em algum momento e 31% relataram uma tentativa anterior de suicídio.
Isso se compara, respectivamente, a 20% e 11% dos jovens que se identificam como cisgênero, um termo para descrever uma pessoa que identifica um gênero compatível com o sexo que lhes foi atribuído no nascimento.
A AAP recomenda adotar uma abordagem de “afirmação de gênero” que ajude as crianças a se sentirem seguras em uma sociedade que muitas vezes marginaliza ou estigmatiza as vistas como diferentes.
O modelo de afirmação de gênero fortalece a resiliência familiar e tira a ênfase de preocupações crescentes com relação a diversidade de gênero, ao mesmo tempo em que permite às crianças a liberdade de se concentrar em acadêmicos, construção de relacionamentos e outras tarefas típicas de desenvolvimento.
Para mais informações ou ajuda para encontrar um grupo de apoio para você ou seu filho. Conheça este serviço da USP, em São Paulo, https://www.facebook.com/amtigos
Saiba mais no blog do Hospital Infantil Sabará:
Autor: Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: Pediatrics
September 2018
From the American Academy of Pediatrics
Policy Statement
Ensuring Comprehensive Care and Support for Transgender and Gender-Diverse Children and Adolescents
Jason Rafferty,
COMMITTEE ON PSYCHOSOCIAL ASPECTS OF CHILD AND FAMILY HEALTH, COMMITTEE ON ADOLESCENCE, SECTION ON LESBIAN, GAY, BISEXUAL, AND TRANSGENDER HEALTH AND WELLNESS
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