PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
O comportamento do meu filho é normal?
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
O comportamento do meu filho é normal?

O comportamento do meu filho é normal?

22/01/2013
  4487   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

Geralmente, os pais têm dificuldade em dizer a diferença entre as variações e os problemas no comportamento dos filhos. Na realidade, o que difere se portar de forma “normal” ou “anormal” não é sempre clara, pois é uma questão que depende de grau ou expectativa.

Muitas vezes, uma linha tênue divide o comportamento normal do anormal. Em parte, porque o que é “normal” depende do nível de desenvolvimento da criança, que pode variar muito entre aquelas da mesma idade. O desenvolvimento pode ser desigual, o que compromete a sociabilidade dela, que fica para trás com relação ao crescimento intelectual ou vice-versa. Além disso, o comportamento considerado “normal” pode ser, em parte, determinado pelo contexto no qual ele ocorre, isto é, pela situação particular e do tempo, assim como pelos próprios valores da família e as expectativas de fundo cultural e social.

Compreender o progresso único de desenvolvimento de seu filho é necessário para interpretar, aceitar ou adaptar o comportamento (bem como o seu próprio). Lembrem-se, as crianças têm grandes variações individuais de desenvolvimento, temperamento e comportamento.

Leia também: O impasse das birras

Os tipos de comportamento infantil

Alguns são queridos e aprovados. Podem incluir o ato de fazer a lição de casa, ser educado e fazer suas tarefas. Essas ações recebem elogios naturais e com facilidade. Outro comportamento não é sancionado, mas é tolerado sob certas condições, como no decorrer de períodos de doença (de um pai ou da criança) ou estresse (um movimento, por exemplo, ou o nascimento de um novo irmão). Esses tipos de comportamento podem levar o pequeno a não fazer as tarefas, agir de modo regressivo (como a conversa do bebê) ou ser excessivamente autocentrado.

Há outros tipos de comportamento que não podem e não devem ser tolerados ou reforçados. Eles incluem ações que são prejudiciais para a saúde física, emocional, social ou para o bem-estar da criança, dos familiares e dos outros, e podem interferir no desenvolvimento intelectual do pequeno. Ao serem proibidos por lei, ética, religião e costumes sociais, podem gerar o comportamento muito agressivo ou destrutivo, ao racismo ou ao preconceito, além de roubo, evasão escolar, tabagismo ou abuso de substâncias, o insucesso escolar ou uma rivalidade intensa.

O comportamento que os pais precisam tolerar, ignorar ou considerar razoável difere de uma família para outra. Algumas dessas diferenças vêm do modo da educação dos pais. Eles podem ter sido muito rígidos ou permissivos, e as expectativas dos filhos os fazem seguir o caminho da conformidade. Outro comportamento considerado um problema é quando os pais sentem que as pessoas os julgam sobre a maneira de se portar dos filhos, o que leva a uma resposta inconsistente da parte deles, que podem tolerar a atitude das crianças em casa, por estarem embaraçados em público.

O temperamento dos pais, o humor e as pressões diárias também vão influenciar na forma como eles interpretam o comportamento da criança. Pais tolerantes podem aceitar uma ampla gama de comportamentos como normal e serem mais lentos para rotular algum problema, enquanto aqueles que são de natureza mais severa se movem rapidamente para disciplinar seus filhos.

Pais deprimidos ou os que têm dificuldades conjugais ou financeiras são menos propensos a tolerar o comportamento dos filhos. Geralmente, eles diferem uma atitude da outra em seus próprios fundos e preferências pessoais, resultando em diferentes estilos parentais que influenciam o comportamento e o desenvolvimento da criança.

Quando o comportamento das crianças é complexo e desafiador, alguns pais encontram razões para não agir. Muitas vezes, eles racionalizam (“não é minha culpa”), se desesperam (“por que eu?”), gostariam que o impasse fosse embora (“criança tem que superar esses problemas de qualquer maneira”), tem períodos de negação (“não há realmente nenhum problema”), hesitam na ação (“pode ferir seus sentimentos”), evitam (“eu não queria enfrentar a sua ira”) ou rejeitam por medo (“ele não vai me amar”).

No que seu pediatra pode ajudar?

Se você está preocupado com o comportamento e o desenvolvimento de seu filho ou se não tiver certeza a respeito de como um desses itens afeta o outro, consulte o pediatra o mais cedo possível, mesmo que apenas para ter certeza de que o comportamento da criança e o desenvolvimento dela estão dentro de uma faixa normal.

Fonte: Caring for Your School-Age Child: Ages 5 to 12 (Copyright © 2003 da Academia Americana de Pediatria)

Atualizado em 16 de abril de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

mensagem enviada

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.