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Perigos do “jogo da asfixia”
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Perigos do “jogo da asfixia”

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14/06/2012
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Li um artigo na revista Pediatrics de maio que me chamou atenção, pois falava de um jogo (traduzido como jogo de estrangulamento), o qual eu nunca havia ouvido falar. Procurando um pouco pela internet, descobri que se trata de uma prática comum entre adolescentes nos Estado Unidos e consiste numa brincadeira de “enforcar-se” com um cinto, corda, barbante para ter uma hipóxia (baixa oxigenação no cérebro), o que causaria sensação de euforia. Parece bem estúpido, mas existe tanto lá como aqui no Brasil, onde é chamado de brincadeira da asfixia.

Nos Estados Unidos, é praticado mais entre meninos, adolescentes e jovens adultos; está relacionado com uso de drogas (lícitas e ilícitas) como álcool, maconha, crack e com início de atividade sexual. De acordo com os dados do CDC (Centro de Controle de Doenças dos EUA), ocorreram cerca de 80 mortes entre 2005 e 2007.

Segundo o artigo da Pediatrics, cerca de 5 a 11% das crianças e adolescentes já participaram do “jogo da asfixia”. Não só é uma atividade perigosa, como também pode ser associada a outros comportamentos de risco. 

A participação estava intimamente ligada ao aumento da atividade sexual e uso de substâncias estimulantes entre ambos os sexos, junto com a má nutrição e aumento da violência entre os homens.

Os autores do estudo acreditam que, por motivo destes resultados serem consistentes com os dados anteriores, os pediatras, pais e educadores devem estar atentos aos adolescentes e instruí-los sobre os perigos de tais brincadeiras.

De acordo com o CDC, as crianças que participam do “jogo da asfixia” podem apresentar os seguintes sintomas ou comportamentos:

1- Marcas ou hematomas no pescoço;
2- Olhos vermelhos;
3- Usar roupas que cobrem o pescoço, mesmo com temperaturas quentes;
4- Confusão ou desorientação depois de estar sozinho por um período de tempo;
5- Presença de itens incomuns, como coleiras de cães, cordas, lençóis, cordas elásticas e correias;
6- Dores de cabeça fortes e frequentes;
7- Comportamento secreto, irritabilidade, hostilidade;
8- Sangramento sob a pele da face e das pálpebras.

Leia também: 12 coisas que os pais podem fazer para ajudar a prevenir o suicídio

Fontes:Health Risks of Eighth-Grade Participants in the ‘Choking Game’: Results From an Oregon Population-Based Survey” Pediatrics maio 2012

Atualizado em 13 de março de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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