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Prevenindo lesões mortes por maus tratos
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Prevenindo lesões mortes por maus tratos

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28/02/2018
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Como uma pesquisa ou um estudo científico pode ajudar um governante a cuidar melhor da saúde de sua comunidade? Estas respostas que fortaleceram a ideia de instituir uma Fundação que fosse voltada a pesquisas sobre saúde infantil. Ainda somos uma jovem Fundação, mas sem dúvida nenhuma em poucos anos estaremos desenvolvendo pesquisas, estudos que poderão ajudar nossos governantes e políticos a pensarem em políticas públicas para nossas crianças.

Um exemplo disso e um estudo baseado na população da Nova Zelândia e que foi capaz de identificar crianças ao nascimento que, aos três anos, provavelmente receberiam hospitalização ou morreriam usando um modelo preditivo construído a partir de dados administrativos. Os autores seguiram 60 mil crianças nascidas em 2011 na Nova Zelândia, atribuindo-lhes “pontuação de risco”, com base na probabilidade de serem fundamentadas para o maltrato até a idade de dois anos. O estudo, “Lesões e Mortalidades entre Crianças Identificadas como de Alto Risco de Maltrato” foi publicado na edição de fevereiro de 2018 da revista Pediatrics.

Um modelo foi construído, prevendo o risco de uma criança fundamentada nos relatórios de maus-tratos feitos pelo serviço de proteção infantil para crianças nascidas na Nova Zelândia em 2010. Classificaram as pontuações de risco para a coorte de nascimentos* de 2011 e definiram crianças como “risco muito alto” se eles estavam no 10% mais alto da distribuição de pontuação para maus-tratos. Também defiram um limiar menos conservador para a definição de “alto risco” e examinamos as crianças nos 20% superiores. Em seguida, comparou a incidência de lesões e taxas de mortalidade entre crianças de alto risco e alto risco e o restante da coorte de nascimento.

As pontuações de risco foram geradas a partir de registros governamentais e incluíram informações como idade materna e se os pais tiveram um histórico de justiça criminal. Os achados documentam que, embora um número relativamente pequeno de crianças experimente internações por lesões e morte durante os três primeiros anos de vida, essas crianças estão concentradas entre os de maior risco de um modelo construído usando registros de nascimento e prevendo o envolvimento da proteção infantil. Entre as crianças da população estudada que morreram de mortes por lesões infligidas ou lesões não intencionais, a metade teria sido identificada no momento do nascimento como caindo nos 10% superiores por risco de maus tratos fundamentados. Do mesmo modo, metade de todas as crianças hospitalizadas por lesão relacionada ao maltrato apresentaram pontuação ao nascer colocando-as nos 10% superiores para maus-tratos fundamentados.

Os autores sugerem que um modelo preditivo pode ajudar a atingir crianças e famílias que se beneficiem de apoio intensivo, apoio voluntário e serviços preventivos para reduzir as taxas de lesão e mortalidade.

Maus tratos na infância é uma das coisas que mais afetam para sempre a vida do indivíduo, por isso deveria ser observada de perto pelas autoridades. Um modelo desse poderia funcionar muito bem se nossos Conselhos Tutelares e nossos CRAS (centros de referenciamento de assistência social) funcionassem de acordo como o previsto por seus idealizadores.

 

*Coorte de nascimento = Classe anual. Conjunto de todos os indivíduos nascidos no mesmo intervalo de tempo ao longo de toda a sua vida. Em geral o intervalo de tempo considerado é 1 ano

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Fonte: Pediatrics February 2018, VOLUME 141 / ISSUE 2

Injury and Mortality Among Children Identified as at High Risk of Maltreatment

Rhema Vaithianathan, Bénédicte Rouland, Emily Putnam-Hornstein

 

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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