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Tratamento de canal em crianças
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Tratamento de canal em crianças

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17/06/2014
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Rotineiramente tenho recebido crianças em meu consultório para tratamento endodôntico, mais popularmente conhecido como tratamento de canal. É uma situação desagradável para a criança, difícil para o dentista e inesperada para muitos pais. A surpresa vem do fato de que muitos ainda desconhecem a situação e perguntam: mas precisa tratar canal em dentes de crianças? Ou dente de criança tem raiz?  Mas o dente de leite não vai cair?

Claro que são dúvidas pertinentes, mas elas surgem da desinformação dos não profissionais de odontologia e principalmente de histórias, nem sempre muito agradáveis, de tratamentos anteriores. Tem sempre alguém com uma história própria ou de uma pessoa próxima que transforma o tratamento de canal em um desastre de proporções gigantescas. Alguns chegam a comentar: “se eu tiver que tratar o canal, prefiro extrair o dente”. Calma, devagar, não é bem assim.

Hoje, com técnicas modernas, equipamentos e materiais de última geração, os tratamentos de canal são rápidos, indolores e de custo-benefício bem satisfatório. Além de tudo, preservam os dentes e mantém intactas as arcadas dentárias. Por isso, fique tranquilo, se precisar tratar o canal de um dente, procure um bom profissional, de preferência um endodontista e preserve sua saúde bucal.

Mas, e com as crianças, como deve ser o tratamento de canal? Primeiro vamos orientar o seguinte: as crianças têm dentes de leite e permanentes, e podem necessitar tratar qualquer um deles. No caso de dentes permanentes de crianças é preciso avaliar a faixa etária e, com o auxílio de exames radiográficos, definir o procedimento adequado. Ele pode ser definitivo ou expectante até o dente completar seu tamanho definitivo (ah, aqui um parêntesis: os dentes não nascem com as raízes completas, elas se formam depois de um tempo, que varia de acordo com o tipo de dente). De maneira geral, com o tamanho completo e fechamento do ápice da raiz, o tratamento é semelhante ao do adulto.

Os dentes de leite, porém, têm outras regras. Para começar, mesmo tendo as mesmas estruturas do dente permanente: esmalte, dentina, cemento e polpa (onde está o famoso “nervinho”), as dimensões são bem diferentes. O esmalte e a dentina são mais finos, mas a polpa (o nervo) é ampla, por isso, às vezes, mesmo uma cárie aparentemente pequena pode atingir o canal, e se isso acontecer, hum, pode correr para o dentista, porque vai doer, e se não doer, vai infeccionar. E nenhuma criança merece isso, principalmente seu filhote.

Se tratar pacientes adultos já demanda orientações, explicações, convencimentos e não é fácil, pense em uma criança pequena (bem, não precisa ser pequena) com dor, abscesso, inflamação e infecção. Peça para ela abrir a boquinha e ficar quietinha enquanto o “titio” aplica a anestesia e passa o motorzinho e trata o “canalzinho”. Com tantas histórias (aquelas) que todos têm, e esse mundo me pertence, reconheço que é difícil para todos, mas, infelizmente, alguém tem que cuidar e cabe ao dentista, com apoio dos pais ou responsáveis, essa dura missão, mas recompensadora, de salvar dentes que doem. Ou você prefere ver seu pequeno sofrer?

Ah, mas aí vem o ingênuo e diz: “não precisa, o dente de leite vai cair”. Vai sim, mas com que idade? Muitas dessas crianças vêm pequenas ao consultório, com cáries extensas que podem atingir o canal em uma criança aos dois anos de idade, sendo que aquele dente vai cair aos sete. Ou uma cárie que atinge o canal um dente molar infantil aos seis anos, mas vai trocar esse dente aos doze. O que fazemos no intervalo desses anos todos? Extrair o dente é uma possibilidade, às vezes, a pior de todas. A perda precoce dos dentes de leite traz desarmonias nas arcadas e alterações na cronologia das erupções dos dentes permanentes, por isso o melhor a se fazer, dentro de critérios adequados, é tratar o canal e conservar o dente até a época correta dele cair.

Se seu baby nem reclamou, mas você percebeu uma bolinha na gengiva, vermelhinha ou amarelinha, fique esperta, pode não ser uma afta, mas sim uma fístula, que é um canal patológico formado para expelir o pus de um dente infectado e que pode se transformar em um abcesso enorme, trazendo riscos para a saúde geral da criança.

Por isso, sempre que você for ao dentista, peça para fazer uma revisão geral da boca, avalie com ele se o dente decíduo vai permanecer por bastante tempo mantendo o espaço para o dente permanente e então decida a melhor opção para a preservação. Sorrisos de crianças são faróis que iluminam nossos dias, não deixem que elas sofram com dores e infecções.

Leia também: A vilã chamada cárie

Por Dr. José Reynaldo Figueiredo, especialista em Odontopediatria, Odontologia para pacientes com necessidades especiais, Implantodontia e Habilitação em Odontologia Hospitalar e Laserterapia.

Atualizado em 13 de junho de 2024

Comunicação PENSI

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mensagem enviada

  • Helena Candido disse:

    Meu neto aos três anos tinha os dentes escuros e cariados. Minha filha levou no dentista do posto de saúde e a dentista disse para não se preocupar porque eram assim devido aos remédos que ele tomava desde os quatro meses quando foi descoberto que tinha asma e intolerancia a lactose. Hoje seus dentes são perfeitos e ele está fazendo avaliação com uma ótima dentista, a doutora Michele.

  • Helena Candido disse:

    Esqueci de comentar que ele está com 10 anos.

  • Marcelo disse:

    Olá, boa noite. Me chamo M. Leandro. Estou passando por está situação no momento, com meu filho de 3 anos. Não tínhamos percebido apesar de os dentes da frente já apresentarem manchas escuras (cáries). Porém o problema maior é no dente de trás, cujo não sei o nome técnico. A mãe e eu, fomos grosseiramente, informados que tais manchas seriam derivadas da quantidade de remédio e vitaminas (antibiótico e ferro). Sendo que recentemente nosso filho começou apresentar dificuldade pra se alimentar, com isso seu peso diminuía. Achávamos que seria coisa da idade, ou apenas manha. E o forçamos a se alimentar.
    Como ele tem dificuldade na fala, até hoje, devido ter nascido sem o freio a língua. Outro problema que estamos com dificuldade de resolver. Ele foi operado logo cedo, porém existe a dificuldade da fala. Não sabíamos o que ele sentia, logo ele começou a se expressar apontando para boca, daí olhamos e encontramos uma enorme cárie.
    Não tivemos onde recorrer, não encontramos profissional na área pediátrica. Fui forçado, logo cedo a colocá-lo num plano dentário, e hoje iniciamos a marcação de consulta. Mas encontramos muita dificuldade em achar o tal especialista. Muitos na atendem e nem nos orientam a onde encontrar dentistas pediátricos.
    Muito obrigado pelo seu texto, nós ajudou… E espero que este problema seja resolvido brevemente.

    • Celeste Maria dos Santos disse:

      Meu nome é Celeste moro em Ubatuba também tive omesmo pobrema com o meu filho de quando ele tinha 7anos graças adeus agora tá melhor consegui passar ele com adoutora Lais que e dentista um amor dedoutoraque atendeu omeu filho ele nos primeiros dia chorou muito mas commuito amor e carinho e conversa ele deixo que disse a avaliação dos dentes jafesestraio odenti fes abituracao evair faser canal já fes clareamento comfluurele vai fazer dois anos que tá fazendo o tratamento Odotomtologia amiga tem em Ubatuba
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