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Um encontro que deságua no oceano: é preciso imaginar.
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Um encontro que deságua no oceano: é preciso imaginar.

16/03/2017
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Um pensamento compartilhado sobre o trabalho do Pronto Sorrir com personagens no Hospital Sabará

Por Otto Blodorn – Xerife Woody

Quando personagens entram em um quarto de hospital infantil, sempre há como premissa o desejo de estabelecer ali um encontro; palavra essa explorada por muitos filósofos e definida poeticamente aqui, por mim, como confluência entre dois rios.

É preciso nos valermos da metáfora e da poesia, para pensarmos sobre a imaginação, o faz-de-conta e a brincadeira. É preciso nos dispormos a olhar o mundo através de um caleidoscópio colorido, que gira e muda de forma para nos aproximarmos dessas crianças que encontramos e da nossa própria infância que desaguou em nós hoje.

Não é preciso dizer que estar em um hospital tem como foco principal a cura, mas a imaginação sempre corre solta e vamos tateando por esse outro lado.  

Cada criança pede de nós a disponibilidade para um encontro diferente, e vamos, de gota em gota, abrindo espaços para estabelecer uma relação. Às vezes, olhamos juntos uma bolinha de sabão, ou entramos em um pequeno avião; também procuramos um cavalo, ou criamos dentaduras para sapos. São formas muito sérias de olharmos por uma outra ótica: um pequeno deslocamento para o lado e vemos outros pontos de vista sobre o que está acontecendo ali.

Nós estamos a favor de personagens para brincar de presentificar o lúdico. Nosso trabalho é simples: criar um espaço onde  possamos inventar alguma coisa juntos, permitir que haja um jogo entre as imagens que estão nos desenhos, nos livros ou são imaginadas e uma realidade que dura alguns minutos. É nesse ponto que dois rios se encontram e passam a caminhar juntos antes de desaguarem no oceano, quando não sabemos mais de onde vem cada água.

O nosso trabalho no hospital é uma tentativa de imaginar e abrir uma pequena fenda na realidade: por ela olhamos durante alguns minutos, algumas coisas acontecem, e ela logo se fecha. O que sobra é o que fica: às vezes uma lembrança consciente, por outras a sensação de algo que aconteceu; mas é difícil nomear com palavras por estarmos sob o reino do invisível.

A alegria, o riso, a brincadeira vêm da criação, da imaginação, da arte. A potência e a força desses rios que se encontram nasce de um desejo de vida, de afetos. É preciso imaginar!

Comunicação PENSI

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