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A vacina contra HPV não aumenta a atividade sexual
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A vacina contra HPV não aumenta a atividade sexual

A vacina contra HPV não aumenta a atividade sexual

19/12/2018
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Apesar dos benefícios preventivos à saúde da vacinação contra o papilomavírus humano (HPV), a captação nos Estados Unidos permanece baixa

Cinco anos depois do início da imunização contra HPV pelo SUS, o Brasil só conseguiu vacinar 48,7% das meninas de nove a 14 anos, faixa etária alvo recomendada pela OMS.

Uma razão pela qual essas políticas têm sido controversas é por causa de preocupações que elas encorajam comportamentos sexuais adolescentes de risco. O objetivo deste estudo americano, foi o de determinar se a legislação americana do HPV está associada a mudanças nos comportamentos sexuais dos adolescentes.

Apesar dos benefícios para a saúde da vacina contra HPV, que previne vários tipos de câncer, a absorção nos EUA permanece baixa. Alguns estados ofereceram incentivos financeiros ou programas de educação escolar para aumentar as taxas de vacinação.

O novo estudo foi publicado na revista na Pediatrics de setembro de 2018, “Legislation to Increase Uptake of HPV Vaccination and Adolescent Sexual Behavior”, e analisou o impacto dessa legislação sobre a atividade sexual entre os estudantes americanos do ensino médio.

Pesquisadores analisaram dados sobre atividade sexual e uso de preservativos do Sistema Estadual de Vigilância de Comportamento de Risco para Jovens (YRBSS) de 2001 a 2015, antes e depois da legislação sobre a vacina contra HPV ter sido promulgada em 16 estados.

Eles compararam as respostas aos dados de 25 estados americanos sem a legislação sobre vacinas. Um total de mais 715 mil participantes relataram ter tido relações sexuais nos últimos 3 meses, e 217 mil participantes sexualmente ativos relataram uso recente de preservativo.

Os autores não encontraram diferenças em comportamentos sexuais de risco entre adolescentes em estados com legislação sobre HPV em comparação com adolescentes em estados sem legislação.

De fato, muitos indicadores de atividade sexual de risco entre os adolescentes (como taxas de gravidez na adolescência, número de pessoas tendo relações sexuais com quatro ou mais pessoas, etc.) diminuíram nos últimos anos, enquanto o acesso à vacina contra o HPV aumentou.

A vacina distribuída no Brasil é quadrivalente. Ela imuniza contra dois tipos do vírus do HPV considerados de alto risco, o 16 e 18, apontados como responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero, e contra os dois tipos de baixo risco responsáveis por 90% das verrugas genitais, o 6 e 11.

É fornecida gratuitamente para meninas com idade entre 9 e 14 anos e para meninos entre 11 e 14 anos. Na rede privada, cada dose custa por volta de R$ 200. A vacina do SUS é produzida pelo laboratório Merck Sharp and Dohme (MSD) em parceria com o Instituto Butantã. O acordo fechado pelo Ministério da Saúde em 2013 com a empresa americana prevê transferência de tecnologia para que o Brasil, nos próximos anos, se torne autossuficiente na produção do medicamento.

Ele praticamente não apresenta efeitos colaterais, por se tratar de uma vacina recombinante – que não usa, por exemplo, o vírus atenuado na composição, mas partes do organismo.

Saiba mais sobre HPV no blog do Hospital Infantil Sabará:

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Fonte: Pediatrics August 2018

From the American Academy of Pediatrics

Legislation to Increase Uptake of HPV Vaccination and Adolescent Sexual Behaviors

Erin E. Cook, Atheendar S. Venkataramani, Jane J. Kim, Rulla M. Tamimi, Michelle D. Holmes

https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2018/07/18/hpv-por-que-vacinacao-de-adolescentes-contra-virus-de-transmissao-sexual-que-causa-cancer-nao-avanca-no-brasil.ghtml

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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