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Depressão entre adolescente
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Depressão entre adolescente

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19/03/2018
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Cerca de um em cada cinco adolescentes americanos sofre de depressão em algum momento da adolescência, mas muitas vezes não são diagnosticados e não são tratados, às vezes por falta de acesso a especialistas em saúde mental.

Reconhecendo que os pediatras e outros provedores de atenção primária estão frequentemente na melhor posição para identificar e ajudar os adolescentes em dificuldades, a Academia Americana de Pediatria (AAP) publicou diretrizes médicas atualizadas sobre depressão adolescente.

As “Diretrizes para Depressão Adolescente na Atenção Primária”, divididas em duas partes, foram desenvolvidas por um comitê diretivo norte-americano, a Sociedade Canadense de Pediatria e as associações psiquiátricas de ambos os países e reviu a última diretriz, que já tinha dez anos.

Muitos pais procuram o pediatra por causa dos joelhos ralados e dor de garganta, mas não pensam neles quando se trata de procurar ajuda para problemas emocionais e comportamentais. A Academia Americana de Pediatria está apoiando pediatras, para que eles estejam preparados para identificar e tratar esse tipo de problema.

As diretrizes são direcionadas para jovens de 10 a 21 anos, e distinguem as diferenças entre as formas leves, moderadas e graves do Transtorno Depressivo Maior. As diretrizes pela primeira vez também endossam uma triagem de depressão adolescente universal para crianças de 12 anos ou mais, o que já é recomendado pela AAP. As recomendações incluem:

1- Fornecer uma equipe de tratamento que inclua o paciente, a família e o acesso a conhecimentos de saúde mental;

2- Oferecer ferramentas de educação e triagem para identificar, avaliar e diagnosticar pacientes;

3- Aconselhamento sobre depressão e opções para o manejo da desordem;

4- Desenvolver um plano de tratamento com objetivos específicos para a casa, os colegas e a escola;

5- Desenvolver um plano de segurança, conforme necessário, que inclui restringir meios letais, como armas de fogo em casa, e fornecer métodos de comunicação de emergência.

Embora as diretrizes sugiram maneiras de envolver membros da família no tratamento de saúde mental de um adolescente, elas também recomendam que o pediatra passe tempo sozinho com o adolescente durante a consulta. “Nós gostaríamos que os adolescentes preenchessem uma ferramenta de seleção de depressão como uma parte rotineira de sua visita regular de bem-estar”, disse Amy Cheung, MD, autora principal. “Os pais devem estar à vontade para oferecer suas próprias observações, perguntas ou preocupações, o que ajudará o médico a ter uma imagem completa da saúde do paciente”.

Os pediatras podem estar especialmente vigilantes na monitoração de adolescentes que têm história familiar de depressão, trauma, uso de substâncias ou adversidades, de acordo com as diretrizes. As diretrizes também fornecem orientação para os médicos sobre quando consultar os profissionais de saúde mental, com base na gravidade do transtorno psiquiátrico.

No Brasil, não encontrei dados sobre este problema, os artigos científicos não mencionam casuísticas brasileiras. De qualquer forma, as nossas faculdades informam pouco sobre o problema na graduação e na residência de pediatria, nossa estrutura de atendimento de saúde mental no SUS é precária. Ainda temos um longo caminho a percorrer.

Saiba mais sobre este tema:

 

Fonte: Pediatrics – February 2018

Da Academia Americana de Pediatria

Declaração de Endossamento

Diretrizes para Depressão Adolescente na Atenção Primária (GLAD-PC): Parte I. Preparação Prática, Identificação, Avaliação e Gerenciamento Inicial

Rachel A. Zuckerbrot , Amy Cheung , Peter S. Jensen , Ruth EK Stein , Danielle Laraque , GLAD-PC STEERING GROUP

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 26 de novembro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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