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Quando um jovem atleta está pronto para voltar a jogar?
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Quando um jovem atleta está pronto para voltar a jogar?

Quando um jovem atleta está pronto para voltar a jogar?

25/06/2014
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Uma das primeiras perguntas que um jovem atleta vai fazer após uma lesão ou doença é: “Quando eu posso voltar a jogar?”

A resposta raramente é rápida ou simples. O retorno geralmente é controverso, além de ser uma fonte de conflito entre os prestadores de cuidados de saúde e outros. Decisões rigorosas, excessivamente brandas ou arbitrárias podem levar a resultados pouco saudáveis e insatisfatórios.

Para algumas condições médicas e alguns esportes, existem políticas específicas que ajudam a tomar decisões. No entanto, a maioria das decisões de retorno ao jogo envolvem circunstâncias únicas que não podem ser totalmente dirigidas por declarações genéricas.

A seguir, informações da Academia Americana de Pediatria (AAP) com orientações sobre quando um jovem atleta pode voltar a praticar esportes depois de uma lesão. As respostas a muitas dessas perguntas exigem a opinião de um médico. No entanto, compreender o processo pode ajudar atletas e famílias a trabalharem com o seu médico em decisões de retorno ao jogo, além de compreender melhor as razões para quaisquer atitudes, sejam elas positivas ou negativas.

  • Qual é o diagnóstico?

Um diagnóstico preciso é fundamental para tratar a causa dos sintomas, conhecer as melhores opções de tratamento, período de tempo para a recuperação e nível esperado de recuperação. Etiquetas gerais como “entorse no joelho” ou “espasmo” não fornecem informações suficientes para fazer um plano de tratamento ou determinar quanto tempo a recuperação vai demorar.

  • Como a condição afeta a performance?

Será que a condição física afeta a capacidade do atleta em praticar ou jogar algum esporte? Por exemplo, se a condição pode afetar adversamente a resistência, flexibilidade, força, coordenação ou alguma outra função.

  • Qual é o risco de agravamento de uma doença, na prática do esporte?

Lesões ocorrem em estruturas vulneráveis. Como resultado da lesão, a estrutura lesada pode se tornar ainda mais vulnerável. Se um atleta volta a jogar antes de uma recuperação completa, a lesão irá previsivelmente piorar. Entorses leves podem se tornar entorses graves. A fratura por estresse pode se tornar uma fratura completa. A concussão leve pode aumentar o risco de uma segunda lesão cerebral ou mesmo morte.

Leia também: A preocupação com relação às concussões

  • Qual é o risco de lesão secundária?

Quando o atleta tenta proteger uma parte lesionada ele pode expor outras partes do corpo a lesões e criar lesões secundárias. Lesões secundárias também podem ocorrer se houver uma doença contagiosa que pode se espalhar por meio do contato com outros colegas ou concorrentes.

  • Qual tem sido o efeito do tratamento?

Existe tratamento disponível para a doença? O tratamento foi realizado? Qual foi a eficácia do tratamento? Existem efeitos negativos do tratamento? Será que o tratamento foi concluído? Já o déficit de lesão / doença foi restaurado?

  •  É possível modificar a frequência com a qual se pratica o esporte, para amenizar?

O atleta pode mudar de posição para preservar o corpo? É possível reduzir o tempo de esporte durante o período de recuperação? Pode a técnica ou equipamento utilizado para o esporte ser modificado para permitir que o atleta continuar a jogar?

  •  Existem diretrizes publicadas que abordam a decisão de retorno ao jogo?

A AAP publica diretrizes que abordam muitas questões de jogabilidade. Como as diretrizes podem estar incompletas, ser controversas, ou pouco claras no que se refere a sua pergunta específica de retorno ao jogo, falar com o seu médico é um elemento importante de compreender plenamente as implicações das diretrizes publicadas em sua decisão de retorno ao jogo.

  • Existe um risco desproporcionalmente alto?

Todos os esportes têm algum risco de lesão. O risco é maior para o contato e esportes de colisão. Lesão grave e de longo prazo também pode ocorrer a partir de esportes sem contato e de resistência. Estes riscos devem ser entendidos e aceitos pelo atleta e família antes de jogar qualquer esporte. No entanto, se a lesão ou doença aumenta o risco ainda mais, pode ser desaconselhado jogar. Quando o risco de novas lesões é desproporcionalmente alto, os médicos têm a responsabilidade de identificar estas situações e recomendar mudanças ou restrições de participação.

  • Existe o consentimento informado?

Praticar esportes pode parecer não ter nada em comum com o agendamento de um procedimento cirúrgico, mas ambas as atividades exigem o consentimento informado. As perguntas anteriores ajudam a definir o risco de novas lesões ou outras complicações associadas com o retorno aos treinos. Em alguns casos, o verdadeiro risco não é conhecido. Em outros casos, o risco é elevado ou inaceitável. Seja qual for o caso, voltar a jogar não deve ocorrer até que todos os riscos sejam compreendidos e considerados aceitáveis ​​pelo atleta, família e médico.

  •  Será que o atleta quer jogar?

A maioria dos atletas jovens que gostam de esportes querem voltar a jogar depois de uma lesão ou doença. Se os atletas não querem voltar, eles não devem ser liberados para participar. Há uma variedade de razões pelas quais um atleta não pode querer voltar a jogar. Pode ser medo de novas lesões; preocupação de que sua lesão não permita que jogue bem; perda de interesse; esgotamento; ou pressão por treinadores, pais ou outros. Seja qual for a razão, os atletas que não querem jogar não devem ser pressionados para voltar, mesmo se a lesão for resolvida.

Fonte: Cuidados com o jovem atleta – folhetos de educação (Copyright © 2011 Academia Americana de Pediatria)

As informações contidas neste site não devem ser usadas como substitutas para o tratamento médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 13 de junho de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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