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A experiência única da residência em pediatria
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A experiência única da residência em pediatria

A experiência única da residência em pediatria

21/10/2022
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Focado exclusivamente em saúde das crianças e reconhecido pelos casos de alta complexidade, o programa de residência do Sabará Hospital Infantil está entre os mais desejados pelos que optam pela pediatria

 

O Sabará Hospital Infantil não tem maternidade, mas quando se sabe, já na gestação, que o bebê precisará passar por procedimento logo ao nascer, o parto pode ser feito no hospital. Isso acontece com alguma frequência devido aos casos de alta complexidade que surgem ali. No mês passado, Bruna Resende de Souza Almeida, residente da Medicina Intensiva Pediátrica, acompanhou um desses partos. Foi uma das primeiras a carregar o menino que nasceu com transposição das grandes artérias — quando a aorta e a artéria pulmonar são invertidas, o que faz com que sangue pobre em oxigênio vá para o corpo e sangue rico em oxigênio circule entre os pulmões e o coração. Não muito depois do primeiro choro, Bruna passou um cateter venoso umbilical no bebê, que em dois dias enfrentaria uma cirurgia de coração. A residente acompanhou a cirurgia, estava por perto quando o recém-nascido precisou de diálise e presenciou o momento menos estressante e mais feliz da história, quando, pela primeira vez, ele foi levado ao peito pela mãe.

Na UTI do Sabará, Bruna também pôde acompanhar uma criança de um ano e meio que por causa do agravamento de um quadro respiratório precisou passar um mês na ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea), aparelho que funciona como um coração e um pulmão artificiais para o paciente, usando um circuito de tubos, bomba, oxigenador e aquecedor que fica instalado fora do corpo. O equipamento imita a função natural do coração e dos pulmões, permitindo que o paciente poupe esses órgãos enquanto a cura acontece. “É incrível não só conhecer de perto essa sofisticada tecnologia, mas ver a criança sair linda, sorrindo, dando tchau”, diz Bruna, que começou em março no programa de residência.

Bruna Almeida, residente da Medicina Intensiva Pediátrica: ela acompanhou o menino que nasceu com transposição das grandes artérias e, na sequência, realizou procedimento para passar um cateter venoso umbilical no bebê

Aos 27 anos, a médica mineira fez sua primeira residência em pediatria por três anos no Hospital Unimed Betim, em Belo Horizonte. “Lá, a pediatria ocupava um andar de um hospital geral. O atendimento infantil não era o que movia o hospital, como é no Sabará, e isso faz muita diferença. Só de UTI, por exemplo, temos quatro andares”, conta ela, que cumpre uma carga de 60 horas semanais, mais 7 plantões por mês. “Como eu estou na quarta turma de residência na UTI, os médicos já estão acostumados com a nossa presença e compartilham o conhecimento o tempo todo.”

Bianca Sobral Bellemo, residente em pediatria no Sabará há quase dois anos, também coleciona casos de acompanhamento da jornada completa dos pequenos pacientes. “Há pouco tempo atendi uma criança no pronto-socorro com queixa de não enxergar bem. Pedi uma tomografia porque minha hipótese diagnóstica era de um tumor cerebral. No dia seguinte a criança já estava sendo operada. Estive em todo o processo, até a alta. Não são todos os hospitais que proporcionam isso”, relata Bianca, que ressalta a importância e o diferencial da rede de humanização do Sabará. “Do cãoterapeuta à equipe de cuidados paliativos, tudo é pensado para amenizar a passagem da criança pelo hospital.”

A coordenadora do programa de residência médica em Medicina Intensiva Pediátrica é a médica Regina Grigolli, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Pediatra intensivista, Regina também coordena a Comissão de Residência Médica (COREME) do Sabará Hospital Infantil e explica por que, em vários aspectos, essa é uma experiência única. “Aqui nós temos um campo de atuação muito rico, com quatro andares de UTI, ou cinco, na época da ‘cheia’”, aponta Regina. “Então, o residente passa pelas UTIs cardiológica, respiratória, da neuro, da nefro e, em cada um desses andares, tem a oportunidade de aprender com os casos que a gente tem aqui. Sem falar dos estágios fora, nos hospitais parceiros. Há muitas coisas que os nossos residentes só veem no Sabará.”

Bianca Bellemo, residente da pediatria, com personagens no Dia das Crianças: “Tudo é pensado para amenizar a passagem da criança pelo hospital”

A primeira turma começou em 2019 e desde então o programa só cresce. As instalações do PENSI, inclusive, foram adaptadas, com refeitório e dormitórios, para receber os residentes. A fundação arca com os custos das bolsas. “Foi um desafio grande. Não só na elaboração do conteúdo, mas também na aculturação do corpo clínico, porque, embora todos prestigiem um hospital que tem residência e se orgulhem disso, na vida prática é outra coisa. O médico passa a ter uma pessoa colada nele e tem que fazer a sua supervisão; nem todos foram receptivos inicialmente. Mas não demorou para começarmos a receber pedidos do hospital para aquele residente permanecer por mais tempo em alguma determinada área”, conta a dra. Fátima Fernandes, diretora executiva do Instituto PENSI e supervisora do Programa de Residência Médica em Pediatria.

Vagas para 2023

O Programa de Residência Médica faz parte do compromisso da Fundação José Luiz Egydio Setúbal (FJLES) de gerar conhecimento sobre saúde infantil para a sociedade e incentivar, com responsabilidade e excelência, a formação e o treinamento de novos profissionais. Médicos de todo o país já podem se inscrever para a edição de 2023. Ao todo, serão oferecidas quatro vagas para pediatria e três para medicina intensiva pediátrica. As inscrições, que devem ser realizadas exclusivamente pela internet, vão até o dia 31 de outubro de 2022.

No programa de pediatria, que tem duração de três anos, podem se inscrever médicos formados em todo o território nacional em cursos reconhecidos e autorizados pelo Ministério da Educação (MEC), bem como médicos formados no exterior, com diploma revalidado de acordo com a legislação vigente. Também podem participar do processo seletivo estudantes que venham a concluir a graduação até o dia 28 de fevereiro de 2023. Os alunos do curso de medicina que estejam concluindo ou já concluíram o décimo semestre poderão participar do processo seletivo por meio da categoria “treineiro”.

Já no programa de medicina intensiva pediátrica, que tem duração de dois anos, podem se inscrever candidatos que tenham cumprido o pré-requisito completo em programa de pediatria em instituição credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Os programas englobam atuações práticas e aulas interativas, com o uso de metodologias modernas e inovadoras. Os residentes têm acesso ao Centro de Simulação Realística do Instituto PENSI e participam de discussões de casos clínicos com a equipe multiprofissional.

Para ampliação do conhecimento e da experiência prática dos residentes, os programas ainda contam com a parceria de renomadas instituições de ensino e saúde, como a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o Hospital Santa Marcelina e a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

O processo seletivo será composto de duas etapas. Para participarem, os candidatos deverão realizar uma prova objetiva com questões de múltipla escolha (que será aplicada em 13 de novembro de 2022, das 13h às 16h, na cidade de São Paulo). Depois, passarão por uma entrevista e análise de currículo. As duas etapas têm caráter eliminatório e classificatório.

O valor da taxa de inscrição é de R$ 600,00, e o resultado final para os dois programas de residência deve ser divulgado no dia 23 de janeiro de 2023, para que as atividades se iniciem no mês de março. Para se inscrever, só clicar aqui.

Por Rede Galápagos

Comunicação PENSI

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