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Amamentação: muitas querem, poucas conseguem
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Amamentação: muitas querem, poucas conseguem

Amamentação: muitas querem, poucas conseguem

27/08/2012
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A Organização Mundial da Saúde, a Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam a amamentação exclusiva (apenas leite materno e medicamentos ou suplementos de micronutrientes, mas sem outros líquidos ou sólidos) durante os primeiros 6 meses de vida de seus filhos.

Estudos têm demonstrado que a maioria das mães nos Estados Unidos não amamenta exclusivamente seus bebês durante 6 meses, mas pouco se sabe sobre quanto tempo as mães haviam planejado amamentar. No Brasil, pelo levantamento feito em 2006, os números são semelhantes.

Em um novo estudo, Baby-Friendly Hospital Practices and Meeting Exclusive Breastfeeding Intention, os pesquisadores dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças investigaram com as mulheres grávidas sobre suas intenções para o aleitamento materno exclusivo e, em seguida, acompanharam com exames mensais durante o ano seguinte ao nascimento do bebê.

Os autores do estudo encontraram 85% das mães que planejavam amamentar exclusivamente por 3 meses ou mais. No entanto, apenas 32,4% das mães conseguiram realizar.

As mães casadas e que já haviam tido outro bebê antes, eram mais propensas a amamentar de acordo com o planejamento. Outros fatores que melhoraram as chances de uma mãe realizar seus objetivos com relação à amamentação eram iniciá-la uma hora depois do nascimento e não dar suplementos alimentares como fórmulas infantis ou chupetas no hospital. Mães obesas, fumantes ou que amamentavam em menos tempo, eram menos propensas a cumprir suas intenções.

Os autores do estudo concluem que as práticas hospitalares, particularmente dando apenas leite materno no hospital, podem ajudar as mães a amamentarem mais, durante o tempo que elas planejarem.

Apesar de as taxas de amamentação no Brasil crescerem continuamente a cada ano, os valores observados no país ainda são considerados baixos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Enquanto a entidade considera ideal que todas as crianças de até 6 meses recebam o leite materno, a Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde consolidada em 2006 pelo Ministério da Saúde, apontava que 39% das crianças nessa faixa etária recebiam o leite da mãe. Analisando a situação do aleitamento, segundo áreas urbanas e rurais, verificou-se que a diferença vem diminuindo substancialmente. Em crianças de até 6 meses, a diferença entre as áreas urbanas e rurais foi de 25% em 1975. Em 1989, era de 10%. Neste estudo foi de 2%.

Fundamental para a prevenção de doenças e da mortalidade infantil, o aleitamento materno também é objeto de outras ações do Ministério, como a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, Hospital Amigo da Criança, Proteção Legal ao Aleitamento Materno, Mobilização Social e Monitoramento dos Indicadores de Aleitamento Materno e o “Brasil Carinhoso”.

Leia também: Benefícios do aleitamento materno: por que amamentar?

Fontes:
1. Correio Braziliense em 01/02/2009
2. SITUAÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO NO BRASIL
3. “Baby-Friendly Hospital Practices and Meeting Exclusive Breastfeeding Intention,” in the July 2012 Pediatrics (published online June 4)

Atualizado em 26 de março de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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