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A genética no tratamento da Diabetes tipo 1
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A genética no tratamento da Diabetes tipo 1

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16/07/2015
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Pesquisas têm documentado as disparidades raciais e étnicas nos tratamentos do diabetes e seus resultados. Porém, ainda não está claro se essas diferenças resultam da condição socioeconômica ou outros fatores.

Um novo estudo publicado na revista Pediatrics, encontrou disparidades raciais em métodos de tratamento com insulina e os resultados de diabetes 1 se mantiveram mesmo após o ajuste para nível socioeconômico.

Os pesquisadores analisaram um grupo de pacientes de 10.704 crianças com diabetes tipo 1 por cerca de um ano, comparando o uso de bombas de insulina, hemoglobina glicada e frequência de complicações diabéticas tais como cetoacidose diabetes ou hipoglicemia grave. Havia neste grupo crianças de várias etnias.

As chances de uma criança branca estar em terapia com bomba de insulina eram 3,6 vezes maiores do que uma criança negra, e 1,9 vezes maior do que uma criança hispânica. Esta disparidade persistia entre os níveis de ensino: em 68% das crianças brancas os pais tinham um diploma universitário ou pós- graduação e utilizavam uma bomba de insulina, em comparação com 34% das crianças negras que tiveram pais com um diploma universitário ou de pós-graduação.

As crianças negras tinham maior média de pontuação de hemoglobina glicada, indicando o menor controle de açúcar no sangue. Crianças negras também tiveram mais complicações diabéticas no ano anterior, em comparação com as crianças brancas e crianças hispânicas. Não houve diferenças significativas na hemoglobina glicada, cetoacidose diabética, hipoglicemias graves entre crianças brancas e crianças hispânicas após ajuste para nível socioeconômico.

Os autores do estudo concluem que, mesmo após o ajuste para nível socioeconômico, existem disparidades no tratamento de insulina de método e de tratamento e resultados de diabetes entre crianças negras, hispânicas e brancas.

Estudos como este, relacionando etnias e grupos sociais, feitos rotineiramente nos EUA, encontram dificuldades de serem realizados no Brasil, mas cada vez mais a epigenética mostra que eles são muito importantes.

A epigenética é definida como modificações do genoma que são herdadas pelas próximas gerações, mas que não alteram a sequência do DNA. Por muitos anos, considerou-se que os genes eram os únicos responsáveis por passar as características biológicas de uma geração à outra. Entretanto, esse conceito tem mudado e hoje os cientistas sabem que variações não-genéticas (ou epigenética) adquiridas durante a vida de um organismo podem frequentemente serem passadas aos seus descendentes. A herança epigenética depende de pequenas mudanças químicas no DNA e em proteínas que o envolvem. Existem evidências científicas mostrando que hábitos da vida e o ambiente social em que uma pessoa está inserida podem modificar o funcionamento de seus genes.

* *(Revista carbono: Epigenética e memoria celular Marcelo Fantappie).

Autor: Dr. José Luiz Setúbal.

Fonte: Article Pediatrics (march 2015): “Racial-Ethnic Disparities in Management and Outcomes Among Children With Type 1 Diabetes”

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o atendimento médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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