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Como lidar com a birra?
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Como lidar com a birra?

Como lidar com a birra?

08/06/2015
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birra

Nas diferentes observações que pude guardar ao longo de minha experiência como professora, e hoje, psicopedagoga, posso afirmar que a birra é bastante comum no meio escolar, social e familiar, podendo ocorrer a partir de determinada fase do desenvolvimento, até a adolescência.

Geralmente os pais, ou responsáveis colocam que a teimosia, ou os ataques de caprichos, dos pequenos acontecem em lugares públicos, quando querem algo, frente a seus desagrados, ou frustrações e deixa a todos constrangidos. Já com os pré-adolescentes ou adolescentes, tais comportamentos são igualmente recorrentes em sala de aula, entre amigos, familiares ou em várias situações sociais, diferindo dos pequenos apenas no que diz respeito aos movimentos corporais. Em ambos os casos, os dois protagonistas, as crianças e os adolescentes, têm alguma mensagem a manifestar e podem vir acompanhadas de descontrole. É preciso extinguir o comportamento birrento!

Para explicar melhor o que seria a extinção da birra, gosto de citar de maneira extremamente simplista o autor e psicólogo americano Burrhus Frederic Skinner que de acordo com sua teoria, o behaviorismo, (estudo do comportamento) “a  compreensão de questões humanas como a cultura, a liberdade, a história de vida pessoal  e social, devem ser consideradas com base em observações e evidências, o que resultam em um modelo prático ’’. O que é observável.

Observe e perceba o ambiente para que possa obter dados práticos do comportamento. Procure evitar as críticas ou valorizar o negativo! O reforço poderá ser positivo com uma recompensa, se esta for previamente planejada, e será negativo, na ação que evitar uma consequência indesejada, ou esquemas repressivos. Dependerá do adulto e das soluções apropriadas para a ocasião. Se houve um evento desagradável e nenhuma atitude for tomada, possivelmente a criança ou adolescente repetirá a estratégia e concluirá que produziu uma consequência agradável. Desconcentre-se, portanto, do que seu filho faz de errado e procure apoiá-lo no que faz positivamente, assim haverá uma elaboração apropriada.

É com os olhos voltados para as qualidades pessoais, para a história do meio, do contexto deste indivíduo que me refiro a Skinner ainda que de maneira bem sucinta. Podemos ensinar a criança a ganhar um prêmio diante de um comportamento aceitável, mas para isso, é preciso planejar sua recompensa, entregando-a após a ação objetiva e adequada, não para atitudes de educação ou generosidade, por exemplo.

Sabemos o quão difícil é manter a calma nessas situações, e desvalorizarmos as atitudes descontroladas, entretanto, se utilizarmos o manejo de forma pontual, certamente ajudaremos os pequenos e os adolescentes a não serem tomados pela birra.

Alguns lembretes que poderão contribuir:

  • Primeiramente estipule à criança e ao adolescente uma lista do que considera comportamentos inaceitáveis e que devem ser mudados.
  • Estabeleça as metas da lista de modo que entendam exatamente o que se espera.
  • Se a criança ou adolescente tiver uma crise em local público, o ideal é procurar um lugar tranquilo para aplicar um manejo, que pode ser a lembrança de uma das regras já estabelecidas, ou lhe tirar algo.
  • É importante que o indivíduo conheça as regras da casa e qual comportamento terá represálias.
  • Seja firme ao lembrá-lo e alertá-lo das consequências.
  • Recorde os tipos de ações que você poderá empregar, caso o comportamento inadequado reincida. Exemplos: tirar um brinquedo importante, a próxima festa, viagem, ou passeio, um programa de TV, um eletrônico, ou outros privilégios. Escolha um deles e aplique sem negociação, levando em conta a idade, claro.

Para finalizar, estabeleça determinada disciplina com segurança, assim, com o tempo, o sujeito perceberá que seus pais são os líderes da situação e principalmente, são capazes de extinguir a birra, que faz mal às duas partes!

 

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Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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