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Como estamos alertando neste espaço, o aumento do número de adolescentes com casos de coqueluche desde 1995 parece estar relacionada à diminuição da imunidade.
Autores de um estudo, que aparece na edição de junho de 2015 da revista Pediatrics, rastreia a eficácia da vacina em adolescentes em um, dois e quatro anos depois de receber a vacina dTpa (que protege contra o tétano, difteria e coqueluche, ou tosse convulsa).
Os pesquisadores descobriram que entre os adolescentes que receberam todas as vacinas contra coqueluche acelular na infância, a imunidade caiu em média 73%, um ano depois de receber dTpa. Após dois a quatro anos da vacinação, a imunidade diminuiu para 34%.
Os autores afirmam que a melhor compreensão da resposta imune à coqueluche e até mesmo o desenvolvimento de uma vacina nova é necessária para prevenir e controlar melhor a tosse convulsa no futuro.
Apesar destes resultados, os autores do estudo ainda salientam a importância de receber a vacina dTpa, pois é a melhor maneira de ajudar a proteger adolescentes da coqueluche, proporcionando alguma imunidade a esta doença potencialmente mortal.
Os autores também observam que os esforços para proteger as crianças, que estão em maior risco de doença crítica e morte por coqueluche, devem ser priorizadas. Isto pode ser conseguido por meio do reforço da recente recomendação para o uso dTpa durante cada gestação, o que permite que as mulheres grávidas passem passivamente anticorpos protetores para seu bebê antes do nascimento.
Autor: Dr. José Luiz Setúbal.
Fonte: Epidemic Pertussis and Acellular Pertussis Vaccine Failure in the 21st Century (Pediatrics jun 2015)
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