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Crianças felizes ou tristes?
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Crianças felizes ou tristes?

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25/11/2015
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Há algumas semanas Augusto Cury, em entrevista à revista Claudia, falando sobre nossas crianças e jovens, afirmou que “Nunca tivemos uma geração tão triste”. E por que?

Vivemos hoje na sociedade do eletroeletrônico, onde tudo é acessado de maneira rápida e online. Nossos pequenos vivem hoje entre quatro paredes, com os olhos presos nas telas de celulares, computadores, ipads, videogames. Tudo se passa nas telas. A vida, seja ela, real ou virtual movimenta-se a uma velocidade surpreendentemente rápida, a ponto de dar inveja a qualquer corredor de fórmula 1. Mas esses mesmos estímulos passam a ser prejudiciais e podem levar nossos adolescentes a tornarem-se seres intolerantes e artificiais. São incapazes de fazer uma pausa para admirar e contemplar o belo: o cantar de um pássaro, o arrepio de uma brisa fresca, o estalar das folhas caídas das árvores, o tilintar dos pingos da chuva caindo sobre suas cabeças e corpos, o calor do sol, o brilho de um estrela…   Tornam-se pessoas menos tolerantes, contentando-se com “pouco”. Nunca houve um aumento tão grande de suicídio entre nossos jovens.

O cenário não parece nada favorável não é mesmo? Mas lembre-se: quem está no comando? Essa é a grande resposta que vem sendo respondida de maneira errônea por tantos pais. Pais precisam ensinar seus filhos. Precisam orientá-los. Precisam cruzar suas vidas. Precisam dar exemplos. Precisam trocar experiências boas e ruins. Precisam mostrar um mundo diferente daquele que vivem no seu dia a dia. Precisam fazê-los perceber que o consumismo não é a chave para felicidade. Precisam mostrar que as frustrações e decepções fazem parte da vida, assim como as dores das perdas e derrotas. Pais precisam ser pais. Filhos precisam ser filhos. Pais precisam de seus filhos. Filhos precisam de seus pais, e precisam urgentemente!

Mas…. Meu filho não quer sair de casa, do computador, do celular, do whatsapp… Façamos um acordo? Você tem 2 horas de computador se fizer 2 horas de atividade ao ar livre. Nessas duas horas, tente mostrar o que de belo existe no mundo. Por isso, prefira os esportes ao ar livre. Leve-o para correr, andar de bicicleta, skate, patinete, patins. Brinque de pega pega, polícia e ladrão, esconde-esconde. Desperte a imaginação. Crie jogos e brincadeiras. Reúna os amigos para um pic-nic no parque. Crie o dia do “off-line” para a família. Matricule-o em atividades esportivas que priorizem o contato com a natureza e com os demais.

Os esportes ao ar livre trazem grandes benefícios a seus praticantes. Não importa se faz sol ou chuva, mas sim o resultado desses momentos e da percepção de se poder realizar algo. Experimente fazer seu filho pular corda durante 2 minutos dentro de casa. Depois experimente leva-lo a um parque onde ele possa pular corda com outras crianças. Não serão apenas 2 minutos, mas 20, 30, 40… O esporte une as pessoas, mais ainda se é realizado em contato com a natureza. A sensibilidade, a concentração, o senso crítico, a generosidade são trabalhados de maneira muito mais intensa quando estamos em contato com o belo e natural. A ansiedade diminui e a alegria aumenta. O corpo fala daquilo que experimenta.

Assim sendo, vamos em frente! Pais, lutem por seus filhos! Façam-no perceber que o mundo é muito maior do que ele imagina. Que o mundo vai muito além daquela pequena telinha. Que o mundo vale a pena.  Quem disse que é fácil? Mas tenho certeza de que vocês conseguem. Que vocês são capazes. E sabe por que? Simplesmente porque vocês são pais!

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Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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